Hipertensão arterial sistêmica na população adulta brasileira e fatores associados

Autora: Patrícia de Menezes Marinho

Data da defesa: 27/01/2017

Banca examinadora:

Profª Drª Risia Cristina Egito de Menezes – FANUT/UFAL - orientadora

Profª Drª Thatiana Regina Fávaro- FANUT/UFAL - examinadora

Profª Drª Maria Alice Araújo Oliveira- FANUT/UFAL - examinadora

Resumo Geral:

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é considerada atualmente como um importante problema de saúde pública global, com alto impacto na qualidade vida dos indivíduos e no setor econômico. Dados da Organização Mundial de Saúde e de estudos conduzidos em diversos países demonstram que o número de adultos hipertensos tem aumentado mundialmente, sendo estimado 1,13 bilhões de casos no ano de 2015. Neste contexto, e considerando a complexidade e multicausalidade deste agravo que acomete diferentes estratos da população, torna-se importante investigar os fatores associados ao seu desenvolvimento na população adulta brasileira, uma vez que o conhecimento da magnitude do problema é imprescindível para o desenvolvimento de ações voltadas para a prevenção e controle da doença. Diante disso, foram elaborados um capítulo de revisão da literatura e um artigo original. O capítulo de revisão aborda as prevalências de HAS, com ênfase nos dados de inquéritos de saúde nacionais e internacionais, principais fatores associados e as estratégias adotadas pelo governo brasileiro e pelo poder público de diferentes países para enfrentamento da doença em questão. O artigo original objetivou estimar a prevalência de HAS e seus fatores associados na população adulta brasileira. Trata-se um estudo transversal, envolvendo adultos brasileiros com 18 anos ou mais, em que foram utilizados dados da Pesquisa Nacional de Saúde realizada no ano de 2013. A análise da prevalência e fatores associados à HAS incluiu aspectos sociodemográficos, comportamentais e morbidades. Foi realizada regressão de Poisson, sendo calculadas razões de prevalência bruta e ajustada para cada variável de exposição. Verificou-se que a prevalência de HAS aumentou com a idade, em ambos os sexos, sendo maior nos homens. O modelo explicativo final indicou que ser do sexo masculino, ter idade avançada, não viver com o companheiro e ter baixa escolaridade permaneceram como fatores associados à HAS na população estudada. No que concerne aos aspectos comportamentais, observamos maior chance de HAS nos indivíduos inativos fisicamente e com hábito tabágico. Em relação às morbidades, permaneceram no modelo final as variáveis sobrepeso e obesidade, diabetes tipo 2 e hipercolesterolemia. Esses achados reforçam a necessidade de medidas fundamentadas em estratégias de prevenção e controle do agravo, que contribuam para reduzir a carga da referida doença e suas complicações, ainda presente de forma expressiva no país.

Palavras-chaveHipertensão. Inquéritos Epidemiológicos. Prevalência. Fatores associados. Adulto. Brasil.

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