Pacing no ciclismo: efeito do período do dia

Autor: Alan Lins Fernandes

Data da defesa: 29/03/2013

Banca examinadora:

Prof. Dr. Adriano Eduardo Lima da Silva – FANUT/UFAL - orientador

Prof. Dr. Tiago Gomes De Andrade - ICBS/UFAL - examinador

Prof. Dr. Bruno Gualano - USP - examinador

Resumo Geral:

Tem sido demonstrado que o pacing é uma importante ferramenta para a otimização do desempenho em eventos atléticos como corrida, kayake e ciclismo. O pacing é caracterizado como uma variação na produção de potência ao longo da prova com intuito de realizar a tarefa no menor tempo possível com menor energético. Em eventos com característica de curta duração e alta intensidade, contra-relógio de 1000-m, tem sido demonstrando efeitos benéficos das manipulações no pacing. De modo geral, estudos tem demonstrado que em exercícios supramáximos de ѴO₂max ambas as vias energéticas metabólicas (aeróbias e anaeróbias) exercem um importante papel no desempenho, embora a capacidade anaeróbia pareça ser a prevalente por ser amplamente utilizada, principalmente na saída da estratégia “all-out”. Algumas evidências sugerem que a contribuição do sistema anaeróbico pode ser aumentada durante a tarde comparada com a manhã, isso denota uma possível influência do período do dia sobre o pacing, embora não seja do conhecimento do autor a existência de estudos que tenham testado diretamente esta relação até o momento. Reforçando a ideia, os poucos estudos cujo desenho experimental intencionou analisar o efeito do período do dia utilizaram testes com pouca validade ecológica (Jump teste, Wingate ou teste até exaustão).  Outros fatores como as mudanças hormonais, estado de alerta e predisposição mental também devem influenciar o desempenho em provas contra-relógio de curta duração, embora o presente autor desconheça a existência de algum trabalho que tenha se proposto avaliar conjuntamente tais variáveis. Portanto, a presente dissertação apresenta dois artigos: sendo o primeiro artigo revisão narrativa em que se apresenta o estado da arte sobre os tipos de pacing, mecanismos de regulação e a influência dos fatores ambientais; já o segundo trata-se de um artigo original com ciclistas em uma prova-relógio de 1000 metros em que se verificou o pacing, respostas de desempenho, percepção de esforço, cronotipo, temperatura sublingual, estado de humor além das concentrações plasmáticas e séricas de alguns marcadores (adrenalina, noradrenalina, insulina, glucagon, cortisol,testosterona livre e total, glicose, creatina quinase, ureia, ácido úrico e creatinina) com a intenção de obter respaldos fisiológicos, metabólicos e psicológicos sobre possíveis diferenças no desempenho mediante as distintas fases do dia.

Palavras-chave: Ciclismo, Pacing, Período do dia, Respostas Fisiológicas, Metabólicas e Psicológicas.

Trabalho completo em pdf.