Ingestão de cálcio e densidade mineral óssea em mulheres adultas intolerantes à lactose

Autora: Najoua Adriana Salomão

Data da defesa: 14/06/2011

Banca examinadora:

Prof. Dr. Amandio Aristides Rihan Geraldes – FANUT/UFAL - orientador

Profª Drª Suzana Lima de Oliveira - FANUT/UFAL - examinadora

Profª Drª Carol Virgínia Góis Leandro - UFPE - examinadora

Resumo Geral:

A má absorção da lactose é o tipo mais comum de intolerância aos carboidratos e é causada pela baixa atividade da enzima lactase (florizina hidrolase) nas células intestinais. A atividade dessa enzima é maior no nascimento e declina após o desmame, gerando uma situação de hipolactasia na fase adulta. Quando a má absorção de lactose dá origem aos sintomas como dor, distensão abdominal, flatulência e diarréia logo após a ingestão de lactose isso é chamado de  intolerância  à  lactose.  Essa  condição  leva  o  individuo  a  reduzir  o  consumo  de  leite  e derivados,  considerados  fontes  importantes  de  cálcio,  consequentemente,  o  baixo  consumo de  cálcio  pode  reduzir  drasticamente  a  densidade  mineral  óssea  (DMO),  tornando  os  ossos mais frágeis e sujeitos a fraturas. Além disso, a condição de intolerância a lactose, por interferir  na  ingestão  alimentar,  também  pode  modificar  a  ingestão  de  macronutrientes (carboidrato,  proteína e lipídeos). Essa dissertação foi composta por dois artigos: um de revisão  sobre,  os  principais  aspectos  da  fisiopatologia  e  sintomatologia  da  intolerância  a lactose,  os  principais  métodos  diagnóstico  da  deficiência  de  lactose,  da  epidemiologia  da doença,  a  absorção  e  metabolismo  de  cálcio,  fisiologia  do  tecido  ósseo,  tratamento  da intolerância a lactose, pico de massa óssea, densidade mineral óssea e a relação com a intolerância a lactose, relação entre a ingestão de cálcio, consumo de produtos lácteos  e  a DMO,  discutindo  os  achados  da  literatura  pertinente –  e  uma  pesquisa  descritivoobservacional, com o objetivo de comparar a ingestão de cálcio, de vitamina D, a massa óssea (MO),  a  DMO  e  o  consumo  de  macronutrientes  (carboidrato,  proteína  e  lipídeos)  entre mulheres adultas portadoras de IL e suas congêneres não portadoras da doença. Nesse último, a amostra foi composta por 60 mulheres jovens adultas (20 a 40 anos), separadas em dois grupos:  30  diagnosticadas  com  Intolerância  à  lactose  (GIL)  e  30  saudáveis  ser vindo  como controle (GC). A ingestão de cálcio e os macronutrientes foram avaliados através de um registro alimentar e a DMO das áreas de coluna lombar (L1a L4), colo de fêmur (CF) e fêmur total  (FT)  foi  avaliada  com  auxílio  da  Absortometria  Radiológica  de  Dupla  Energia  (DXA).  Em todos os locais observados, a DMO foi significativamente menor (p < 0,01) para GIL quando comparado  com  GC.  Um  baixo  consumo  de  proteína  animal,  carboidratos,  lipídeos  e  o consumo total da dieta foram encontrados para GIL quando comparado com GC. Além disso, a massa magra de GIL foi significativamente menor do que GC. Os resultados do presente estudo demonstram que a ingestão de cálcio e DMO foram diretamente afetadas pela má absorção de lactose em mulheres jovens, sugerindo que o aparecimento de sintomas de intolerância pode influenciar a DMO através da redução da ingestão de cálcio. 

Palavras-chave: (má absorção; lactase; macro e micronutrientes; massa óssea)

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