Data da defesa: 31/05/2013

Banca examinadora:

Profª Drª Terezinha da Rocha Ataíde – FANUT/UFAL - orientadora

Prof. Dr. Daniel Leite Góes Gitaí - ICBS/UFAL - examinador

Profª Drª Suzana Lima de Oliveira - UFAL - examinadora

Resumo Geral:

A epilepsia é um distúrbio da atividade cerebral que se caracteriza pela ocorrência periódica e espontânea da atividade elétrica altamente sincronizada, acompanhada de manifestações comportamentais, que afeta cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo. Opções não farmacológicas são oportunas, especialmente na epilepsia refratária. Nesse contexto a dieta cetogênica, rica em lipídeos, pobre em carboidratos e proteína, desde 1921 tem sido utilizada para pacientes não responsivos à terapia medicamentosa. Como substituto da DC clássica que é rica em triacilgliceróis de cadeia longa (TCL), a DC à base triacilgliceróis de cadeia média (TCM) vem sendo bastante utilizada por promover cetonemia de forma mais rápida. O óleo de coco obtido do fruto abundante na região Nordeste do Brasil, é uma das fontes de TCM mais utilizadas para diversos fins, inclusive terapêuticos. Apesar da preocupação com a segurança deste produto para o consumo e sua repercussão em doenças cardiovasculares, estudos têm demonstrado que o consumo do óleo de coco virgem, que é obtido através da extração da polpa seca, e mantém componentes biologicamente ativos como vitamina E e polifenóis, não apresenta risco para a saúde. Visando contribuir com discussão do problema, esta dissertação apresenta duas seções principais: um capítulo de revisão da literatura, com os principais aspectos sobre a epilepsia e a utilização da dieta cetogênica à base de óleo de coco rica em TCM, como um tratamento alternativo para a epilepsia de difícil controle, e o artigo de resultados, que se  refere a um estudo experimental com ratos Wistar recém desmamados, onde foi induzido o Status Epilepticus, por meio injeção intraperitoneal de pilocarpina. Após a indução, os animais foram divididos em três grupos e submetidos às dietas controle ou cetogênicas à base de óleo de soja ou de óleo de coco. Os animais submetidos aos tratamentos cetogênicos apresentaram menor ingestão total de dieta e menor ingestão energética que os animais do grupo Controle. No entanto, não houve diferença de ganho de peso entre os grupos. O coeficiente de eficiência alimentar foi maior para os animais dos grupos cetogênicos. Os animais experimentais não deferiram entre si quanto à frequência e à duração das crises.

Palavras-chave: dieta cetogênica, óleo de coco, triacilglicerol de cadeia média, epilepsia.

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