Prevalência e fatores associados a síndrome metabólica em mulheres em idade reprodutiva do Estado de Alagoas

Autor: Luitgard Clayre Gabriel Carvalho de Lima

Data da defesa: 01/10/2015

Banca examinadora:

Prof. Dr. Haroldo da Silva Ferreira – FANUT/UFAL - orientador

Profª Drª Mônica Lopes Assunção – FANUT/UFAL - coorientadora

Profª Drª Telma Maria de Menezes Toledo Florêncio- FANUT/UFAL - examinadora

Profª Drª Sabrina Joany Felizardo Neves - ESENFAR/UFAL - examinadora

Resumo Geral:

A síndrome metabólica (SM) é definida por um conjunto de fatores de risco que contribuem diretamente para o desenvolvimento de complicações cardiovasculares, sendo o ganho ponderal excessivo um fator de risco independente para seu desenvolvimento. No Brasil existem poucos estudos de base populacional sobre síndrome metabólica, sobretudo envolvendo mulheres em idade reprodutiva. Desta forma, objetivou-se investigar a prevalência e os fatores associados à SM em mulheres do estado de Alagoas. Para tal, realizou-se estudo transversal com amostra probabilística de 865 mulheres (20 a 49 anos). A variável dependente foi a SM, diagnosticada segundo os critérios da International Diabetes Federation. Sua associação com as variáveis independentes (socioeconômicas, demográficas, antropométricas e bioquímicas) foi investigada com base na razão de prevalência (RP) e intervalo de confiança a 95% (IC95%) calculados por regressão de Poisson com ajuste robusto da variância. Associações significantes foram consideradas quando p<0,05, tanto na análise bruta quanto na ajustada. A prevalência de SM foi de 40,2%. Já a dos fatores de risco usados em seu diagnóstico foram: obesidade abdominal: 63,5%; hiperglicemia: 16,3%; hipertrigliceridemia: 30,3%; pressão arterial elevada: 35,3% e; níveis reduzidos de HDL-c: 78,5%. Ter escolaridade ≤8 anos, renda per capita < 1/2 salário mínimo, índice de massa corpórea ≥25 kg/m2, idade > 30 anos, LDL-c ≥ 160mg/dL e colesterol total ≥ 240mg/dL diferiram entre as mulheres com e sem SM na análise bruta. Após inclusão dessas variáveis em modelo de análise multivariável ajustado por idade, tabagismo e renda familiar, apenas a baixa escolaridade e o colesterol total elevado permaneceram significantemente associados à SM. Desta forma conclui-se que a prevalência de SM em mulheres alagoanas é um problema de alta magnitude. Dentre seus componentes isolados, além da obesidade abdominal (componente obrigatório em seu diagnóstico), HDL-colesterol em nível reduzido foi o mais prevalente. Apesar disso, o colesterol total elevado associou-se de forma independente à SM, assim como também a baixa escolaridade, um indicador de baixa condição socioeconômica.

Palavras-chave: doenças cardiovasculares, inquéritos epidemiológicos, obesidade abdominal, hipertensão.

Trabalho completo indisponível.