Consumo alimentar e estado nutricional em crianças indígenas da etnia Karapotó em Alagoas

Autora: Danielle Alice Vieira da Silva

Data da defesa: 15/12/2014

Banca examinadora:

Profª Drª Rísia Cristina Egito De Menezes – FANUT/UFAL - orientadora

Profª Drª Leiko Asakura - UFAL - examinadora

Profª Drª Sabrina Joany Felizardo Neves - UFAL - examinadora

Resumo Geral:

Sabe-se que a avaliação do estado nutricional e do consumo alimentar em crianças é imprescindível, uma vez que hábitos alimentares inadequados estão entre os fatores determinantes que mais interferem sobre o seu estado nutricional atual e na vida adulta. A falta de estudos sobre o perfil de Alimentação e Nutrição de populações indígenas, evidência a importância de pesquisas que forneçam essas informações e preencham essa lacuna. O presente estudo objetivou avaliar o estado nutricional e o consumo alimentar de crianças indígenas da etnia Karapotó no estado de Alagoas. Para tanto foram tabulados e analisados os dados antropométricos e de consumo alimentar das crianças menores de cinco anos da etnia Karapotó do estado de Alagoas, mas especificamente, no município de São Sebastião, já coletados na pesquisa “Vigilância alimentar e nutricional: implantação de área sentinela na aldeia Karapotó Taboado, São Sebastião-AL”, realizada anteriormente. Este projeto foi submetido ao comitê de ética em Pesquisa da UFAL, sob processo nº 009429/2006 – 15, obtendo aprovação em 27/10/2006, e teve seus dados coletados no período de 2008-2009. O trabalho descreve as condições de saúde e nutrição das crianças Karapotó, caracterizando o estado nutricional infantil, o consumo de alimentos, as condições de saúde, as condições socioeconômicas e ambientais. Foram avaliadas as crianças com idade entre 6-59 meses. Através deste estudo foi possível observar que as crianças analisadas estão sendo acometidas com o excesso de peso, tendo em vista que prevalências desse agravo aqui determinado pelo índice IMC-para Idade, foi de 6,4%. Verificou-se que pertencer a famílias com maior renda e que participam de programas de transferência de renda favorece a elevação do IMC-para-Idade. A análise do padrão alimentar estabelecida por meio do recordatório de 24 horas evidenciou alto consumo de alimentos industrializados, baixo consumo de frutas e verduras e uma dieta monótona, onde apenas quatro alimentos foram consumidos por mais de 50% da população. Novos estudos de caráter multidisciplinar e longitudinal são necessários para melhor entendimento dos processos identificados.

Palavras-chave: Hábitos alimentares, antropometria, estado nutricional, crianças, população indígena.

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