Componentes da síndrome metabólica em portadores de obesidade mórbida, segundo diferentes níveis de uricemia

Autora: Ana Adélia Cavalcante Hordonho

Data da defesa: 28/04/2009

Banca examinadora:

Prof. Dr. Haroldo Da Silva Ferreira – FANUT/UFAL - orientador

Profª Drª Maria Alayde Mendonça da Silva - FAMED/UFAL - examinadora

Profª Drª Maria do Carmo Borges - UNCISAL - examinadora

Resumo Geral:

Apesar do ácido úrico ter caráter antioxidante, em níveis séricos aumentados, tem sido associado em diversos estudos a diversas condições patológicas, particularmente, à obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes mellitus, dislipidemias, hiperinsulinemia e à resistência insulina, esta apontada como sendo a alteração primária da síndrome metabólica. Todavia, esses estudos não foram realizados em amostras constituidas especificamente por grandes obesos, sendo que a hiperuricemia é um achado comum na obesidade. O objetivo deste trabalho foi responder à seguinte pergunta: o ácido úrico plasmático em obesos mórbidos correlaciona-se à resistência à insulina e aos demais componentes da síndrome metabólica? Foram estudados 167 homens e mulheres (20 a 71 anos) portadores de obesidade mórbida a partir da análise de seus respectivos prontuários numa clínica particular de Maceió (Alagoas). Os indivíduos foram categorizados em quatro grupos segundo os quartis de ácido úrico plasmático. Os pacientes do 4º quartil tinham valores de IMC, triglicerídeos, insulina, creatinina, HOMA% e HOMA-s maiores (p<0,05) que os observados entre os pacientes do 1º quartil. As variáveis que se correlacionaram positivamente e de forma significativa com os níveis de ácido úrico (correlação de Spearman) foram a circunferência da cintura, creatinina, IMC, insulina, HOMA%, HOMA-s e os triglicerídeos. A análise de regressão linear múltipla indicou que as variáveis que se correlacionaram de forma independente e significativa ao nível plasmático de ácido úrico foram o HOMA-s, a circunferência da cintura, a creatinina e ser do sexo masculino. Concluiu-se que a o ácido úrico plasmático em obesos mórbidos associa-se de forma positiva e independente, dentre outros fatores, à resistência à insulina e à circunferência da cintura, podendo constituir-se, portanto, num possível fator de risco para a síndrome metabólica.

Palavras-chave: Obesidade mórbida, Hiperuricemia, Diabetes melitus, Dislipidemia

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