Avaliação da qualidade da dieta de hipertensos de Maceió-AL segundo Índice de Alimentação Saudável (IAS)

Autora: Catherine Cavalcanti Padilha

Data da defesa: 23/02/2017

Banca examinadora:

Profª Drª Sandra Mary Lima Vasconcelos FANUT/UFAL - orientadora

Profª Drª Risia Cristina Egito de Menezes - FANUT/UFAL - examinadora

Profª Drª Ligiana Pires Corona - UNICAMP - examinadora

Resumo Geral:

A alimentação inadequada constitui um importante fator de risco modificável com impacto na hipertensão arterial sistêmica (HAS), condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA). Várias estratégias de avaliação da dieta têm sido propostas para verificar a associação entre consumo alimentar e doenças crônicas, das quais a HAS ocupa lugar de destaque, no Brasil, em Alagoas e em Maceió. Neste sentido, têm sido desenvolvidos índices dietéticos que levam em consideração diferentes parâmetros, tais como grupos alimentares, nutrientes específicos, variedade e/ou diversidade da dieta. Dentre os vários índices existentes, este estudo aborda o Índice de Alimentação Saudável (IAS), que é considerado um instrumento adequado para medir a qualidade globa da alimentação na população pela American Dietetic Association (ADA). Entretanto como os hábitos alimentares da população brasileira diferem em alguns aspectos dos americanos, para propor intervenções dietéticas mais eficazes, houve a necessidade de adaptar o IAS americano ao Guia Alimentar para a População brasileira e à Pirâmide Alimentar adaptada. Deste modo, esta dissertação apresenta dois artigos: uma revisão da literatura acerca de estudos publicados que avaliaram o consumo alimentar segundo o IAS como instrumento para avaliar a qualidade da dieta da população brasileira, analisando suas metodologias e resultados, e um artigo de resultados com a aplicação do IAS em hipertensos do município de Maceió-AL. Trata-se de um estudo transversal, inserido em projeto de pesquisa para o SUS (PPSUS), intitulado “Consumo e práticas alimentares, fatores de risco modificáveis para doenças crônicas e prognóstico de hipertensos do estado de Alagoas”. Neste, foram estudados 362 hipertensos de Maceió nos quais aplicou-se o IAS para avaliar os recordatorio 24 horas (R24H) e Questionário de Frequência Alimentar, transformados em R24H. Eram em sua maioria mulheres, pardas, com idade média de 48 (±8,1) anos, possuía ensino fundamental incompleto, pertencia a classe econômica D, adotavam uma vida sedentária, faziam uso de medicamento para controle da HAS, e possuíam antecedentes familiares cardiovasculares. Segundo IAS a população distribuiu-se em 19,9% (n= 72) com dieta de “De má qualidade”, 71,3% (n=258) Dieta “Precisando de melhorias” e apenas 8,8% (n=32) Dieta “De boa qualidade”. Assim, a população hipertensa de Maceió-AL encontra-se na categoria de necessidade de melhoria da qualidade da dieta, com baixa adequação do consumo para frutas, verduras, legumes e carnes, e elevado consumo de açucares e gordura, com atenção especial para gorduras saturadas.

Palavras-chave: Consumo de alimentos; hábitos alimentares; índices; população.

Trabalho completo indisponível.