Efeito de diferentes concentrações de conservantes alimentícios no crescimento in vitro de fungos termoresistentes e bactérias patogênicas

Autora: Sheylla Ferreira Lima Coelho

Data da defesa: 22/02/2008

Banca examinadora:

Profª Drª Ana Maria Queijeiro Lopez - IQB/UFAL - orientadora

Profª Drª Ângela Fronehlich - IFAL - examinadora

Profª Drª Cleide Mara Farias Soares – FITS/SE - examinadora

Resumo Geral:

Os alimentos se constituem em ótimos suprimentos para uma grande diversidade de microrganismos, sendo eles fungos filamentosos e leveduriformes ou bactérias. São, portanto, veículo de uma série de doenças infecciosas. Assim o homem tem buscado evitar tal proliferação microbiana, mantendo a integridade do produto a ser comercializado ou consumido, através de barreiras físicas e químicas. Para reduzir os riscos de multiplicação de microrganismos e a conseqüente deterioração dos alimentos, as indústrias estão utilizando, além do tratamento térmico, cada vez mais, aditivos químicos (conservantes). Entre eles, o dióxido de enxofre, ácido benzóico e o ácido sórbico, além de derivados dos mesmos, têm sido em linhas de processamento. Assim, visando fornecer subsídios para se reduzir a utilização de quantidades inadequadas de conservantes pela indústria de alimentos e, portanto, a ingestão imprópria dos mesmos pela população, determinou-se neste trabalho as concentrações mínimas de metabissulfito de sódio, benzoato de sódio e sorbato de potássio necessárias à inibição do desenvolvimento dos fungos termorresistentes Byssochlamys fulva, Neosartorya fischeri e Talaromyces flavus, e das bactérias Salmonella Enteritidis, S. Typhimurium, Escherichia coli e Bacillus cereus in vitro. Os meios de cultura utilizados foram Batata-Dextrose- Agar (BDA) e Triptona-Soja-Agar (acidificado com ácido cítrico, pH 3,5 e 5), respectivamente para os ensaios com fungos e com bactérias. A esses meios adicionaram-se os conservantes em diferentes quantidades, de modo a obterem-se concentrações compreendidas entre 80 e 1000 mg.L-¹ dos mesmos. Após inoculação e incubação (28 e 30 + 2 °C, no escuro), observou-se que as menores concentrações do metabissulfito de sódio apresentaram uma maior eficiência em inibir o crescimento de todos os microrganismos em comparação com os demais conservantes testados in vitro. As menores concentrações do benzoato de sódio, por outro lado, foram mais efetivas  em inibir o crescimento bacteriano. Já o sorbato de potássio apresentou maior ação no combate aos fungos termorresistentes.

Palavras-chave: conservantes, microrganismos, benzoato de sódio, sorbato de potássio, metabissulfito de sódio.

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