Atividade antimicrobiana de microencapsulados de própolis vermelha

Autora: Amalia Luisa Ivo Albuquerque

Data da defesa: 17/06/2015

Banca examinadora:

Prof. Dr. Irinaldo Diniz Basílio Júnior – FANUT/UFAL - orientador

Prof. Dr. Ticiano Gomes do Nascimento - UFAL - examinador

Profª Drª Ângela Froehlich - IFAL - examinadora

Resumo Geral:

A comercialização de produtos obtidos da abelha (Apis melífera) como o mel e a própolis vem se tornando frequente no Brasil, visivelmente perceptível com a crescente implantação de microindústrias de produtos à base de mel e própolis. O uso popular cada vez mais crescente de própolis e seus derivados com ação antimicrobiana, anti-inflamatória, antiviral, anticarcinogênica e imunomodulatória vêm demonstrando o grande poder terapêutico. Em decorrência disso, novos produtos contendo própolis estão sendo desenvolvidos, tais como, os microencapsulados. A depender do método empregado, tais microencapsulados podem resultar em um produto final com características negativas. Portanto, o objetivo deste trabalho foi de avaliar e comparar os métodos de obtenção de microencapsulados (spray-drying e liofilização) quanto ao teor de flavonoides e atividade antimicrobiana. A própolis vermelha foi obtida de apiários localizados na região de mangue do município de Marechal Deodoro / AL. A amostra foi coletada no período de fevereiro a março do ano 2012. A partir do extrato, foram preparadas 4 formulações que variaram na quantidade de extrato etanólico de própolis vermelha, bem como em proporções diferentes de excipientes. Duas técnicas de secagem (spray-drying e liofilização) foram empregadas, resultando em 8 amostras de microencapsulados, porém, destas, foram escolhidas 4 formulações (duas de cada técnica de secagem) para realizar os testes. Para avaliação da atividade antimicrobiana, foram realizadas as determinações do teor de Concentrações Inibitória e Bactericida Mínimas (CIM e CBM) através da técnica de microdiluição em caldo frente à cepas padrão de Staphylococcus aureus (ATCC 25922), Escherichia coli (ATCC 25922), e Listeria monocytogenes (ATCC 19115). O método empregado para análise do teor de flavonóides totais do padrão quercetina foi realizado através do método de espectrofotometria. Os microencapsulados apresentaram atividade antimicrobiana para todos os microrganismos estudos, porém com diferenças na CIM. Bactérias Gram positivas foram mais susceptíveis que bactérias Gram negativas. Os cromatogramas obtidos pela técnica de cromatografia líquida de alta eficiência do extrato bruto e das formulações a base de própolis vermelha demonstraram uma composição química complexa, com vários picos em diferentes tempos de retenção. Os microencapsulados testados podem ser considerados candidatos a otimização de amostras a base de própolis vermelha. Tais resultados permitirão um controle de qualidade e, até uma futura padronização de fitorápicos/nutracêuticos, a fim de obter produtos com constância de composição e propriedades terapêuticas reprodutíveis.

Palavras-chave: Própolis vermelha, microencapsulados, flavonoides, atividade antimicrobiana.

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