Curso de Química Tecnológica e Industrial quer suprir falta de mão de obra alagoana

O Instituto de Química e Biotecnologia (IQB) oferece esse ano o seu terceiro curso de graduação: trata-se do Curso de Química Tecnológica e Industrial. Aprovado em julho deste ano pelo Conselho Universitário, o curso terá uma entrada anual de 25 alunos, que farão disciplinas em nove semestres e estarão formados entre quatro e sete anos e meio.

05/10/2010 10h44 - Atualizado em 13/08/2014 às 02h15
Mário Meneghetti é o coordenador do projeto pedagógico do curso

Mário Meneghetti é o coordenador do projeto pedagógico do curso

Jhonathan Pino - jornalista

Segundo o professor Mário Meneghetti, coordenador do Projeto Pedagógico, o novo curso foi uma reivindicação dos alunos dos cursos de Bacharelado e Licenciatura em Química, que solicitavam disciplinas que fossem mais voltadas para as atividades práticas desenvolvidas no setor industrial.

“Muito se discutia entre os alunos sobre a pouca inserção no mercado industrial. Visto que a ênfase do curso se dava na formação de licenciatura, muitos deles sentiam dificuldade em encontrar estágios e solicitavam disciplinas voltadas para a área de tecnologia e industrial. É para atender a essa demanda de profissionais que já atuam na área; inclusive de alunos egressos, que oferecemos as vagas inicialmente em período noturno”, explica Meneghetti.

Conforme o professor, existia uma falta de mão de obra qualificada na indústria química e plástica alagoana e para atender ao mercado, hoje já existe uma escola técnica de plástico industrial no Distrito Industrial. O uso dos laboratórios fará parte do cotidiano do aluno de Química Tecnológica: “queremos formar um profissional com bom domínio em laboratório, por isso o número reduzido de alunos”, acrescenta o professor, referindo-se a turma restrita a 25 alunos.

Além das disciplinas básicas em comum com os cursos de Química Licenciatura e Bacharelado, como Química Geral, Orgânica, Inorgânica, Analítica e Fisioquímica; o curso tem em sua grade curricular as disciplinas de Gestão Tecnológica, Desenho Técnico, Microbiologia Industrial, Fenômenos de Transporte, Tratamento de Fluentes, Química de Alimentos e outras tantas voltadas para a especificidade industrial.

A semelhança entre os cursos de Engenharia Química e Química Industrial também pode confundir o vestibulando. Mas, conforme o professor Menighetti, as diferenças estão no foco com que a Química é abordada em cada curso, “pois enquanto o engenheiro químico trabalha com fenômenos mais ligados ao transporte e elaboração de reatores; o químico industrial tem uma visão mais ampla e tem seu trabalho voltado ao processo em laboratórios e desenvolvimento de produtos,” ressalta o professor.

Estrutura do curso

 Apesar de ganhar seu terceiro curso de graduação apenas em 2011, o IQB está ligado a vários outros institutos, como a Escola de Enfermagem e Farmácia (Esenfar) e com outros quatro cursos de mestrados e dois doutorados.

Atualmente o IQB mantém 17 laboratórios de ensino e pesquisa espalhados por diversos blocos na Ufal, que recebem alunos multidisciplinares: advindos principalmente dos cursos de Química, Farmácia, Biologia, Engenharia Química, além dos alunos envolvidos em pós-graduações, como o Mestrado em Química e Biotecnologia e o Doutorado em Materiais.

Para atender a essa demanda o Instituto conta com 38 professores revezando entre os cursos do IQB e os cursos na área de Saúde. Em 2011 seis novos professores serão contratados pelo Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais Brasileiras (Reuni). Também no próximo ano, o curso ganhará quatro novos laboratórios para as atividades experimentais: eles farão parte do novo prédio do IQB que está parcialmente pronto.

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