Ufal tem representante em congressos de música na Bahia

Nilton Souza apresenta trabalho sobre práticas musicais a partir de fotografias das bandas do Baixo São Francisco alagoano

19/07/2017 15h37 - Atualizado em 22/11/2021 às 09h06
Professor da Escola Técnica de Artes, Nilton Souza

Professor da Escola Técnica de Artes, Nilton Souza

Simoneide Araujo – jornalista colaboradora

Até a próxima sexta-feira, 21, a Universidade Federal de Alagoas tem representante no 4º Congresso Brasileiro de Iconografia Musical e no 2º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Sistemas de Informação em Música que acontecem em Salvador-BA. O professor da Escola Técnica de Artes, Nilton Souza apresenta o trabalho selecionado Música, Imagem e Documentação na Sociedade da Informação.

Nilton Souza faz uma análise das práticas musicais a partir de fotografias das bandas de música do Baixo São Francisco alagoano. São cerca de cem imagens catalogadas em acervos particulares de músicos, maestros, pesquisadores e familiares de músicos, oriundos de cidades como Penedo, Traipu, Pão de Açúcar e Piranhas. “Realizamos um recorte cuja amostragem procura representar questões tais como grupos e práticas que identificamos como importantes pela sua disseminação em toda a região pesquisada”, destacou.

Com esse trabalho acadêmico, o doutorando pela Universidade Federal de Bahia faz um paralelo entre o passado e o presente, a partir das fotografias catalogadas. Nilton desenvolve a pesquisa em parceria com o professor Pablo Sotuyo Blanco, seu orientador no Programa de Pós-graduação em Música da Ufba.

O evento é uma realização da Comissão Mista Nacional do Projeto Repertório Internacional de Iconografia Musical - Brasil, da Ufba, e da seção brasileira da Associação Internacional de Bibliotecas, Arquivos e Centro de Documentação Musicais (IAML-Brasil).

Durante comunicação oral, Nilton explica que sua pesquisa aborda uma das regiões mais belas do Estado, o Baixo São Francisco, localizada entre Alagoas e Sergipe. O trabalho, segundo Nilton, aborda uma linha de estudos pouco explorada no meio acadêmico brasileiro ao tratar das bandas de música e da iconografia a elas associadas.

“Partimos de autores como Chartier, Certeau e Burke, principalmente em suas abordagens sobre as práticas musicais a partir das noções de práticas culturais. A análise iconológica panofskiana veio permitir o presente enfoque paralelo entre o passado e o presente dessas práticas e sua possível contribuição para a disseminação da cultura de bandas de música na região”, destacou Nilton.

Sobre a contribuição que a pesquisa se propõe, o professor responde: “As práticas musicais abordadas – analisadas a partir das fontes visuais – expressam um possível processo temporal dos grupos musicais na região, bem como também um registro histórico destas bandas de música pesquisadas”.