Núcleo de Acessibilidade oferta atendimento especializado

Pessoas com diversos tipos de deficiência ou transtornos são atendidas pela equipe; conheça o serviço

20/02/2018 11h05 - Atualizado em 21/02/2018 às 09h51
NAC conta com apoio de bolsistas e colaboradores para atividades

NAC conta com apoio de bolsistas e colaboradores para atividades

Thamires Ribeiro – estudante de Jornalismo e Janaina Alves – relações públicas

Num mundo tão diverso, com pessoas apresentando necessidades tão distintas, a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), por meio do Núcleo de Acessibilidade (NAC) oferece aos estudantes da comunidade acadêmica, que tenham de algum tipo de deficiência, atendimento especializado para garantir sua permanência na Universidade.

De acordo com a Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência, realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2006, são consideradas pessoas com deficiência “aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”.

Significa dizer que assim como as diferentes características que nos distinguem enquanto seres humanos, as deficiências não são todas iguais e, por isso, cada uma delas possui particularidades e necessidades próprias, que podem ser resultantes tanto de limitação orgânica, quanto da trajetória social de cada indivíduo. Podemos dizer, ainda, que pessoas com o mesmo tipo de deficiência podem apresentar necessidades de acessibilidade diferentes.

Pensando nisso, o NAC se organiza de tal forma que seja possível não somente viabilizar o atendimento especializado aos estudantes de graduação e pós-graduação, mas também promover junto à comunidade a compreensão de como contribuir para a inclusão no universo acadêmico, o que envolve professores, o corpo técnico e os demais estudantes.

De acordo com a coordenadora do NAC, Neiza Fumes, a função principal do núcleo é apoiar a vida acadêmica do estudante com deficiência e com transtorno do espectro autista, atuando tanto na produção de materiais, quanto na oferta de atendimento educacional. “O atendimento especializado procura eliminar as potenciais barreiras do processo de ensino-aprendizagem, podendo ser barreiras atitudinais, físicas, curriculares, pedagógicas, entre outras. E nossa atuação vai ser conjuntamente com alunos, professores, coordenadores de curso, gestores de maneira que essas barreiras sejam eliminadas ou minimizadas”, explica.

Ainda de acordo com Neiza, a Ufal hoje possui um número significativo de alunos com deficiência visual, cegueira e baixa visão; além de alunos surdos, geralmente ligados ao curso de Letras Libras, e alunos com deficiência física em diversos cursos de graduação e pós-graduação.

Como o NAC funciona

Criado em 2013 e visando oferecer uma maior comodidade aos estudantes, o NAC possui uma ação de busca ativa por alunos com deficiência junto aos cursos. Além disso, existe a demanda espontânea, que acontece quando o próprio aluno ou professor solicita o apoio do núcleo, de alguma forma, podendo ser adaptações de conteúdo e estratégias de ensino, uso de recursos de acessibilidade, tempo adicional para realização de atividades e avaliações, adaptação nas avaliações, recursos que viabilizem os processos comunicacionais em sala de aula e ambientes institucionais, serviço de apoio ao ensino com ledores, transcritores, tradutores e intérpretes, apoio durante as aulas, atividades e avaliações, gravação de aulas expositivas e adaptação nas instalações físicas ou outro tipo de intervenção que se faça necessária.

O NAC existe para assegurar os direitos garantidos pela Constituição Federal, pela Lei º 13.146/15, conhecida como Lei Brasileira de Inclusão e pelo Decreto nº 6.949/09, decorrente da convenção da ONU sobre o tema. “Nesse sentido, é fundamental que toda a comunidade acadêmica compreenda que nós somos um instrumento que amplifica a voz da pessoa com deficiência, mas que essa voz não pode ser nunca deixada em segundo plano, sendo sempre importante ouvir o que essas pessoas têm a nos dizer sobre suas demandas e suas necessidades”, aponta a coordenadora.

Em 2017, o NAC ganhou uma nova sede, com um espaço mais apropriado para receber e atender às demandas dos estudantes. Atualmente a equipe conta com 21 bolsistas, selecionados por edital específico que realizam atendimentos em Maceió, no Campus A.C. Simões, e no Campus Arapiraca.

“Muita coisa tem sido feita, mas a gente precisa caminhar ainda na questão da sensibilização da comunidade universitária, com especial atenção aos professores, para que possam ser parceiros no processo de inclusão, além de ampliar a equipe para sempre oferecermos um serviço melhor”, finaliza.

O NAC é ligado à Pró-reitoria Estudantil (Proest) e funciona no prédio do Centro de Interesse Comunitário (CIC), no Campus A.C. Simões, em Maceió. Para entrar em contato, basta enviar e-mail para: nucleodeacessibilidadeufal@gmail.com