Ufal terá eleições paritárias para as direções do Campus Arapiraca e das Unidades Acadêmicas

Resolução aprovada no Consuni uniformiza o processo de escolha de dirigentes na Ufal

06/09/2017 08h35 - Atualizado em 08/09/2017 às 12h11
Momento da votação da paridade, transmitida ao vivo no canal da Ascom Ufal no Youtube

Momento da votação da paridade, transmitida ao vivo no canal da Ascom Ufal no Youtube

Lenilda Luna - jornalista

Na sessão ordinária do Conselho Universitário (Consuni), realizada nesta segunda-feira (4), o ponto de pauta que demandou maior tempo de debate, pela quantidade de intervenções, pedidos de esclarecimentos e questionamentos em relação aos princípios democráticos, foi a definição de orientações gerais para o processo de escolha dos dirigentes das 22 Unidades Acadêmicas e do Campus Arapiraca da Ufal, que ocorrerão em novembro, para o quadriênio 2018 a 2022.

Após o debate sobre o tema, o Consuni aprovou, por 28 votos à favor, 4 votos contra e 4 abstenções, o processo de consulta de forma paritária entre os segmentos que representam a Comunidade Universitária. Assim sendo, docentes, técnicos-Administrativos e estudantes vão ter o mesmo peso eleitoral, ou seja, cada segmento deverá representar um terço do percentual dos votos válidos. Foi decidido ainda que o processo eleitoral será coordenado por uma Comissão formada por um membro de cada categoria.

O secretário dos Conselhos Superiores, Rômullo Santos, destacou que a aprovação do voto paritário ocorreu 30 anos após a Ufal realizar a primeira Eleição Direta para o cargo de reitor, elegendo Delza Gitaí. “A paridade garante o equilíbrio da participação democrática de todos os segmentos e é uma reivindicação reiterada muitas vezes pelos servidores técnico-administrativos da Ufal”, destacou o Rômullo, referindo-se às falas dos conselheiros técnico-administrativos e do presidente do Sintufal, Davi Fonseca, que fizeram a defesa da paridade.

A reitora Valéria Correia ressaltou que, pela importância do tema, a sessão do Consuni manteve o quórum para decisão até 20h15, chegando a seis horas de duração. “Os conselheiros e conselheiras mantiveram-se na reunião por entender a importância da proposta para o avanço da participação democrática nas decisões da Universidade. A atual gestão propôs essa resolução como uma forma de padronizar o processo de escolha, que antes era definido em cada unidade e levando a vários questionamentos sobre a regulamentação do processo. Agora, a paridade será garantida em todas as eleições, já que essa Universidade é construída pelos três segmentos”, destacou a reitora.