Coleção Nordestina da Edufal apresenta nova reedição

O título reuniu dois livros já esgotados em uma só edição: História de Alagoas e o Baixo São Francisco, o Rio e o Vale

21/07/2017 14h07 - Atualizado em 24/07/2017 às 10h46
O Livro História de Alagoas seguido de O Baixo São Francisco, o Rio e o Vale integra a Coleção Nordestina

O Livro História de Alagoas seguido de O Baixo São Francisco, o Rio e o Vale integra a Coleção Nordestina

Márcia Alencar – Jornalista

A Editora da Universidade Federal de Alagoas (Edufal) recebeu da gráfica há poucos dias a reedição de dois títulos já esgotados de Moreno Brandão, em uma só edição, publicada na 7ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, realizada em 2015. O Livro História de Alagoas seguido de O Baixo São Francisco, o Rio e o Vale integra a Coleção Nordestina, que desde 1999 reúne oito universidades federais do Nordeste com o objetivo de publicar ou republicar obras representativas da produção intelectual alagoana.

A temática dos livros da Coleção Nordestina é abrangente, incluindo áreas como a Literatura, Ciências Sociais, Folclore, Antropologia e outras que representem a (re) descoberta de um autor ou resgate de um texto que, embora portador de mensagem atual, de há muito desaparecera das livrarias. A Edufal sempre participou de todas as bienais com um lançamento.

O professor do curso de graduação e pós-graduação em História da Ufal, Osvaldo Maciel, atual diretor da Editora Universitária, faz uma introdução ao livro intitulada Moreno Brandão e sua História de Alagoas: alguns dados, uma outra leitura, onde indaga “A História de Alagoas constitui-se em um avanço historiográfico no quadro da produção local? Se sim, em que sentido? Pode se qualificar como “avanço” um maior cuidado com o encadeamento dos fatos em séries interpretativas? Uma preocupação inédita com a referência das citações? E, se,nas questões mais amplas, tais preocupações reforçam uma leitura já consagrada das relações sociais e do desenvolvimento de nossa sociedade? E se elas, em novos moldes, atualizam uma interpretação que consubstancia as relações de poder e as formas da injustiça encravadas em nosso cotidiano? O que significa este avanço se ele projeta a conservação? E por aí o professor prossegue esclarecendo fatos e refletindo sobre a historiografia de Brandão.

A presente reedição desta obra, 11 anos após sua última edição, em 2004, é destacada por Rachel Rocha, professora de Antropologia da Ufal e pesquisadora da cultura alagoana, como um esforço coletivo de instituições que enxergam na reedição de seus clássicos uma importante ação . No prefácio Rachel escreve sobre essa ação que “disponibiliza ao público leitor das coisas de Alagoas a reflexão acumulada sobre o território e sua configuração histórica e sociocultural, além de leituras, reflexões e conclusões contemporâneas a partir dessas produções”.

A reedição desse clássico foi realizada em parceria entre a Edufal/Ufal, o Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco e a Fundação Casa do Penedo. O livro é encontrado na sede da Edufal, no Campus A. C. Simões e nas extensões do Espaço Cultural e do Campus do Sertão, além do site.