Balé Folclórico da Bahia fará workshop no Espaço Cultural da Ufal

Será dia 22 de abril e alunos do curso de Dança também vão participar

17/04/2017 09h06 - Atualizado em 22/11/2021 às 09h05
Balé Folclórico da Bahia. Foto: Andrew Eccles

Balé Folclórico da Bahia. Foto: Andrew Eccles

Simoneide Araujo - jornalista colaboradora

Pela primeira vez em Maceió, o Balé Folclórico da Bahia fará duas atividades no próximo dia 22 de abril. Das 9h ao meio-dia, o grupo vai estar no Espaço Cultural da Universidade Federal de Alagoas realizando um workshop para 30 pessoas. Às 21h, apresenta o espetáculo Herança Sagrada – A Corte de Oxalá, no Teatro Gustavo Leite, no Centro Cultural de Exposições Ruth Cardoso.

Para realizar o workshop, a produção local do espetáculo, Sue Chamusca Arte e Assessoria, fez parceira com a Coordenação de Assuntos Culturais (CAC) da Ufal. Entre os participantes estarão integrantes de grupos de dança afro, da Secretaria de Estado da Cultura e alunos do curso de Dança da Universidade. “Essa parceria dá oportunidade a nossos discentes estarem bem próximos do trabalho dessa companhia que já tem quase 30 anos de estada”, disse Ivanildo Piccoli, coordenador da CAC.

O espetáculo

Aplaudido nos Estados Unidos, Europa, Oceania e Caribe, o espetáculo Herança Sagrada – A Corte de Oxalá é inspirado em rituais do Candomblé, com reproduções também fiéis das mais importantes manifestações folclóricas baianas – da capoeira ao samba de roda. A direção geral é de Walson “Vavá” Botelho e direção artística, de José Carlos “Zebrinha” Santos.

A primeira parte traz coreografia baseada em danças do culto afro-brasileiro, reproduzindo com fidelidade sequências de movimentos de alguns dos mais importantes rituais do Candomblé e, na trilha sonora, cânticos sagrados. Na segunda parte, aparecem coreografias clássicas do repertório do grupo emolduradas por músicas extraídas do folclore baiano. Entram “Berimbau”, “Puxada de Rede”, “Capoeira” e “Samba de roda”, além de “Afixirê”; retratos da influência dos escravos africanos na cultura brasileira.

Nos EUA, onde circulou recentemente por 30 cidades, a temporada de três meses do espetáculo atraiu mais de cem pessoas. Nesse número, destacam-se personalidades como Gloria Estefan, Steven Spielberg, Danny Glover, David Parsons, Anne Hathaway, Harry Belafonte Judith Jamison [diretora artística da Alvin Ailey American Dance Theater, que veio ao Brasil especialmente para a festa de 20 anos do Balé, em 2008] e Jessye Norman.

O balé

Em agosto deste ano, o Balé – uma das mais importantes companhias de dança afro-brasileiras – completa 30 anos e, em sua trajetória, já se apresentou em 255 cidades no exterior, sendo 182 somente nos Estados Unidos. Ao todo, foram 25 países, incluindo Itália, Canadá, Dinamarca, Austrália, Alemanha, França, Holanda, Suíça, Suécia, Portugal, Finlândia, México, África do Sul, Togo e Benin.

Com sede no Pelourinho, em Salvador-BA, a companhia funciona em regime integral de seis horas de trabalho por dia. Os 40 integrantes –dançarinos, músicos e cantores– recebem preparação técnica para dança, música e teatro. Para preservar e divulgar as principais manifestações folclóricas da Bahia, o Balé desenvolveu uma linguagem cênica que parte dos aspectos populares e atinge questões contemporâneas.

O grupo também possui um segundo corpo de baile, que realiza espetáculos, diariamente, no Teatro Miguel Santana, no Pelourinho, tendo como público, principalmente, turistas estrangeiros e de outros estados do Brasil.

SERVIÇO

O quê: workshop e espetáculo Herança Sagrada – A Corte de Oxalá
Quando: dia 22 de abril, das às 9h ao meio-dia (workshop) e às 21h (espetáculo)
Onde: workshop – no Espaço Cultural da Ufal, na Praça Visconde de Sinimbu
           espetáculo – Teatro Gustavo Leite, no Centro Cultural e de Exposições, em Jaraguá
Informações: (82) 3235-5301