Trabalho de professor sobre Zika foi escolhido em edital do Conselho Britânico

Parceria entre Alagoas e Reino Unido vai financiar R$ 400 mil para a pesquisa

09/02/2017 08h00 - Atualizado em 10/02/2017 às 09h18
Professor Baldoíno Fonseca, do instituto de Computação da Ufal

Professor Baldoíno Fonseca, do instituto de Computação da Ufal

Ascom Ufal com colaboração de Ascom Fapeal

O trabalho de um pesquisador da Ufal foi selecionado num edital do Conselho Britânico para financiar pesquisas sobre o Zika vírus. O professor Baldoíno Fonseca, doutor em informática  do Instituto de Computação (IC) irá desenvolver seu trabalho em parceria com o pesquisador Alexander Romanovsky, ligado à Universidade de Newcastle, no Reino Unido.

A colaboração também vai contar com pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco, da Fundação Oswaldo Cruz e da Pontifícia Universidade Católica, no Rio Janeiro. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) destinou R$215 mil para cooperação de pesquisa entre Alagoas e o Reino Unido.

O recurso é a contrapartida do Governo de Alagoas à chamada que lançou até 100 mil libras para estudos sobre a doença, por meio do Newton Fund, uma iniciativa do governo britânico que destina recursos para pesquisa, ciência e tecnologia em países parceiros.

Isto significa que o investimento total no projeto aprovado vai ultrapassar os R$400 mil, em 36 meses.

Além de Alagoas, outros quatro estados brasileiros emplacaram suas propostas: Pernambuco, Paraíba, Rio de Janeiro e Distrito Federal. O resultado nacional foi divulgado pelo Conselho Britânico e pode ser acessado aqui.

Sobre o estudo

O título da pesquisa é Combinando gamificação e redes sociais para melhorar a prevenção e controle do Zika. Além de entrevistas com as comunidades locais, a ideia lança mão das informações postadas por essas pessoas em aplicativos e redes sociais sobre focos de vírus, suspeitas da doença e casos confirmados.

Aliando a participação comunitária à tecnologia, o projeto também visa desenvolver recursos voltados à inteligência de dados, como softwares, mapas-online e algoritmos.

Tudo isso é num esforço de mapear a incidência do Zika vírus, identificar seus padrões de incidência e analisar a previsibilidade dos focos.

“Nosso objetivo é o de prever locais e atuar com antecedência”, declara Baldoíno Fonseca.  “A colaboração com o Reino Unido é importante por causa do know-how que os pesquisadores de lá já têm”, comenta o pesquisador, referindo-se aos aspectos técnicos da iniciativa.