Pesquisadora do Butantan realiza seminário para implantação da Plataforma Zebrafish

A discussão sobre a rede foi iniciada em agosto do ano passado e está se consolidando na Ufal

21/02/2017 10h19 - Atualizado em 22/02/2017 às 15h16
Mônica Lopes esteve na Ufal em agosto do ano passado

Mônica Lopes esteve na Ufal em agosto do ano passado

Lenilda Luna - jornalista

 

A pesquisadora Mônica Lopes, diretora do Laboratório Especial de Toxinologia Aplicada do Instituto Butantan, doutora em Imunologia pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP) e pós-doutora do Instituto Butantan na área de Bioquímica e Farmacologia, estará no auditório do antigo Csau, no dia 23 de fevereiro, às 9 h, para uma palestra sobre a Plataforma Zebrafish.

A pesquisadora, que coordena o Centro de Toxinas, Resposta Imune e Sinalização Celular do Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (Fapesp) do Instituto Butantan, esteve no Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS), da Ufal, em agosto do ano passado, quando expôs para os pesquisadores como foi a implantação do biotério de Zebrafish, no Butantan, em 2015, e a formação da rede Zebrafish com outros centros de pesquisa.

Ela detalhou que o biotério tem capacidade para criar até três mil peixes adultos e as vantagens da utilização dessa espécie para pesquisas científicas. "O zebrafish apresenta várias vantagens. Ele tem uma taxa alta de reprodutividade. No nosso biotério, conseguimos de 400 a 600 embriões por dia. Também é uma espécie que se desenvolve rapidamente e fácil de manipular e observar", destacou a pesquisadora naquela oportunidade.

Continuidade

Depois da palestra da pesquisadora, alguns professores manifestaram interesse em participar de um treinamento no Instituto Butantan para a instalação de um biotério de Zebrafish na Ufal. Nos dias 21 a 25 de novembro 2016, as pesquisadoras Adriana Ximenes, doutora e coordenadora do Laboratório Eletrofisiologia e Metabolismo Cerebral (ICBS), e Aline Fidelis, doutora e coordenadora do Laboratório de Toxicologia (Esenfar), participaram da 2ª edição do curso sobre manejo e criação de ‘zebrafish’.

A partir desta atividade, a Ufal começa a compor a Rede Zebrafish, coordenada por. Mônica Lopes. Durante o Congresso Acadêmico Integrado de Inovação e Tecnologia (Caiite 2016), que foi realizado no período 7 a 15 de dezembro, as pesquisadoras Adriana e Aline ministraram uma palestra sobre o Zebrafish como modelo animal (in vivo) e in vitro, para experimentação. Recentemente, nos dias 13 e 14 de fevereiro, Adriana realizou uma visita técnica no Instituto Butantan, para estabelecimento de protocolo de pesquisa.

Além da palestra que a pesquisadora Mônica Lopes vai realizar na Ufal, no dia 23, já está agendada outra visita técnica, de 15 a 26 de maio, pelas professoras Adriana e Aline ao Instituto Butantan, para realização de experimentos. "A grande vantagem da participação na Rede Zebrafish é a possibilidade de firmar a parceria com a instituição principal, o Instituto Butantan, e com as demais instituições colaboradoras, visando melhorar os indicadores de avaliação dos dois Programas de Pós-graduação da Ufal diretamente envolvidos", ressalta Aline Fidelis.

As pesquisadoras da Ufal destacam ainda a importância dessa parceria para formar recursos humanos de alto nível, com mestrado e doutorado, por meio de um modelo animal inovador, que proporciona resultados com acurácia e rapidez, além do baixo custo para manutenção. "Estamos muito felizes diante das possibilidades de crescimento", comemora Aline Fidelis.

Adriana Ximenes considera que a participação da Ufal na rede Zebrafish permite o acesso a uma plataforma acadêmico-científica com padrões de excelência para e realização de pesquisas científicas. "Além disso, a rede Zebrafish promove a interação entre pesquisadores de todo o Brasil que trabalham com o mesmo modelo animal e podem assim trocar experiências e realizar projetos em colaboração, ao mesmo tempo em que promove a divulgação científica, trazendo para a sociedade os resultados das pesquisas sob a forma de exposições itinerantes e visitas guiadas aos laboratórios", concluiu a pesquisadora.