Projeto utiliza música para fortalecer o vínculo entre mãe e bebê

Atividade do Campus Arapiraca atendeu mulheres com crianças internadas na UCI Neonatal

09/11/2017 11h00 - Atualizado em 13/11/2017 às 09h50
Mães escutam música para estimular bebês internados

Mães escutam música para estimular bebês internados

Thâmara Gonzaga – jornalista 

No Campus Arapiraca da Ufal, estudantes do curso de Enfermagem, sob a coordenação da professora Larissa Tenório, recorreram aos benefícios da música durante a gestação para apoiar às mães e seus recém-nascidos que estavam internados na Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) Neonatal, da Maternidade Nossa Senhora de Fátima. A atividade fez parte do Projeto Ninar, iniciado em 2011 e que, em 2016, foi selecionado pelo edital do Programa Círculos Comunitários de Atividades Extensionistas (Proccaext), da Pró-reitoria de Extensão (Proex). 

“Por volta da 21ª semana da gravidez, também conhecida como 5º mês, os bebês desenvolvem a capacidade de ouvir, sejam sons internos ou a voz da mãe e daqueles ao seu redor, como também as músicas. Evidências científicas conseguiram comprovar que a música que foi colocada durante a gestação foi reconhecida pelo bebê logo após o seu nascimento”, explica a professora Larissa Tenório. Ainda segundo a docente, “os benefícios em ouvir músicas durante a gestação são inúmeros e incluem a estimulação do bebê no útero e a diminuição do estresse e da ansiedade materna comuns na gravidez”. 

“Como nosso público são mães e seus bebês que se encontram na UCI Neonatal, os mesmos não tiveram ainda como estabelecer o vínculo como deveria. Nesse caso, a música é usada como uma forma do recém-nascido se sentir seguro, de reconhecer a voz materna e de fortalecer o vínculo que foi quebrado com a mãe pela separação necessária por sua necessidade de tratamento”, destaca a docente do curso de Enfermagem. 

As atividades do Projeto Ninar, relata a coordenadora, eram realizadas aos sábados pela manhã e também contemplavam orientações para a continuidade da amamentação após a alta e a importância do vínculo com os outros membros da família. “Ficamos disponíveis para acolher as dúvidas e anseios das mães que estavam longe de seu lar em um momento tão delicado”, afirma. 

A professora informa que, no presente momento, o projeto, que também já atendeu mães e recém-nascidos internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Hospital Regional de Arapiraca, está suspenso. “Estamos aguardando a abertura de um novo edital para continuarmos com as atividades”, diz. 

Segundo ela, o Ninar, além de beneficiar o público atendido, também contribui para a formação das estudantes envolvidas com as ações. “A percepção que elas possuem, a cada intervenção, da importância do fortalecimento do vínculo entre mãe e bebê, bem como os relatos das mães que trazem contribuições positivas para que as estudantes desenvolvam ainda mais as práticas humanizadas de apoio e levem como exemplo para as práticas da graduação de enfermagem são alguns dos benefícios da atividade”, cita.