Inauguração de novo laboratório amplia pesquisa e reúne professores no CTEC

Laboratório de Estrutura e Materiais passar a ter 1.200 m² de área construída e novos equipamentos

30/11/2017 10h45 - Atualizado em 30/11/2017 às 11h47
Prédio cresceu 520 m² e vai atender aos quatro cursos do CTEC

Prédio cresceu 520 m² e vai atender aos quatro cursos do CTEC

Carlos Madeiro - jornalista

Mais espaço, novos equipamentos e maior número de pesquisas em andamento. A reforma e ampliação do novo Laboratório de Estruturas e Materiais (Lema) nesta quarta-feira (29), no Centro de Tecnologia (CTEC), da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), deu um impulso à comunidade acadêmica para o ensino, a pesquisa e a extensão na área de engenharia.

As obras duraram mais de dois anos e custaram R$ 1,5 milhão. Ao todo, o novo prédio cresceu e agora tem 1.200 m² de área construída --520 m² a mais que anteriormente. 

Além de mais modernos equipamentos, o local passa a ter também salas de aula e de treinamento e auditório. Com isso, o grupo de 10 pesquisadores que atuam no Lema passam a ter atividades em definitivo no local. "Antes eles ficavam espalhados, mas agora há salas de permanência, e os técnicos vão ficar junto conosco. E a obra vai abrir um campo maior de atuação", afirma a coordenadora do Lema, Karoline Alves. 

Com os novos equipamentos e maior espaço, Karoline conta que a Ufal poderá ter mais e melhores pesquisas. "Com esse espaço vamos poder fazer pesquisas com elementos de maior porte, de maior estrutura, como paredes, vigas, pilastras. E também vamos ter um número maior de ensaios ao mesmo tempo. Isso certamente vai melhorar o ensino, a pesquisa e a extensão", conta.

Segundo Karoline, o Lema é especialmente dedicado ao curso de Engenharia Civil, mas também ajuda outros cursos que utilizam equipamentos para pesquisas. "E em termos de aula, como os quatro cursos do CTEC têm a disciplina Materiais, a gente faz experimentos", diz.


Congestionamento resolvido
O ex-coordenador do Lema que deu início às obras de reforma, professor Wayne Assis, explica que, quando assumiu a gestão, já havia um projeto para resolver o que classificava como "quadro de congestionamento do laboratório." "Isso ocorria pelo pouco espaço físico para realização de ensaios, e havia a necessidade de um espaço maior que congregasse os professores em um único ambiente", lembra. 

O coordenador do CTEC, Luciano Barbosa dos Santos, destacou em seu discurso a importância da obra para o centro. "Esse laboratório existe desde os anos 60, e desde lá foram feitos muito puxadinhos, mas foi a primeira vez que ele passou por uma obra de reforma e ampliação", falou.

Já o professor Amaro Monteiro de Carvalho Filho é o mais antigo no curso de Engenharia da Ufal, onde atua desde 1977. Para ele, com o novo Lema, a formação de profissionais pela Ufal é uma referência no Estado e está cada vez mais qualificada. "Existe um diferença gritante entre o laboratório antes e agora. Hoje formamos melhor, o curso está gradativamente melhorando com o tempo", diz. 


Conclusão de obras
Para a reitora Valéria Correia, o novo laboratório vai dar melhores condições a alunos, técnicos e professores. Ela diz que a obra faz parte de uma política implementada pela sua gestão de concluir prédios e obras já em andamento.

"Essa obra é importante para a Ufal principalmente pelo corte orçamentário que estamos enfrentando. Do ano passado para cá, entre investimento e custeio, foram 17% -ou R$ 23 milhões- a menos. Priorizamos concluir as obras que estavam inacabadas. No ano passado, concluímos 12, e a perspectiva é que até o início do próximo ano serão mais 12", afirma. 

No cronograma de obras a serem inauguradas ainda neste ano destacada pela reitora estão a piscina semiolímpica em Arapiraca e o auditório e salas de aula na Faculdade de Direito (FDA).

"Nossa preocupação agora é que, para 2018, os recursos vão estar centralizados no MEC [Ministério da Educação]. No projeto de Lei Orçamentária Anual só aparece R$ 1,3 milhão para investimentos em obras e equipamentos na Ufal. Isso não dá sequer para concluir duas obras, que custam quase R$ 3 milhões, que são o prédio de Santana do Ipanema e o avanço do eixo saúde", conta. 

"Isso nos preocupa, mas não quer dizer que não teremos recursos. A gente está com esforço para tentar descentralizar esses recursos. Já apresentamos ao MEC a necessidade da liberação dessa verba", conclui.