Thamires Ribeiro – estagiária de Jornalismo

A reitora Valéria Correia e o superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), César Lira, assinaram na última segunda-feira (13) um Termo de Execução Descentralizada que garante a realização do curso de Bacharelado em Agroecologia na Ufal. O projeto será realizado através do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) e disponibilizará um total de 50 vagas voltadas para assentados do estado de Alagoas.

De acordo com o professor do Centro de Ciências Agrárias (Ceca), Rafael Navas, o objetivo é formar os beneficiários da reforma agrária com concreta aptidão aos princípios da agroecologia, fundamentados da ética profissional e política, para atender à crescente demanda por produtos agropecuários de qualidade e que sejam produzidos com baixo impacto ambiental, com viabilidade econômica e justiça social.

“O curso busca elevar os níveis de educação no campo, preenchendo uma lacuna existente em todo o território no que concerne ao acesso à educação superior por parte dos assentados, sendo a primeira experiência nessa modalidade no estado de Alagoas”, declarou Rafael Navas. E complementou: “A oferta desse curso vem não apenas suprir a necessidade quanto a formação social e cidadã desses sujeitos, mas também proporcionar acesso dessa população a um conhecimento teórico científico que os permitam refletir e se posicionar frente a diversidade social, com respeito aos conhecimentos e saberes locais”. 

O projeto, que é pioneiro em Alagoas, proporcionará ainda a interação entre os alunos do curso de Agroecologia da Ufal e do Pronera, possibilitando a troca de experiências, práticas e vivências, e aproximando os alunos à realidade do campo, ampliando assim seus olhares profissionais. Os beneficiários do Programa ficarão um período em aula e depois aplicarão os conteúdos estudados em suas próprias comunidades de origem.

A reitora Valéria Correia ressaltou a importância de tal parceria para os assentados de Alagoas:  “É uma imensa satisfação assinar esse Termo de Execução Descentralizada. Isso vai proporcionar um processo de formação superior de assentados e de seus filhos. Reforça o papel social da Universidade como instituição formadora”, destacou Correia.