Édipo Rei: tragédia grega conquista o público na 8ª Bienal de Alagoas

Espetáculo foi reproduzido por jovens atores e levou o público a aplaudir de pé durante a 8ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas

07/10/2017 16h46 - Atualizado em 10/10/2017 às 13h03
Espetáculo reproduzido por jovens atores levou o público a aplaudir de pé ao fim da apresentação. Fotos: Cairo Martins e Manuel Henrique

Espetáculo reproduzido por jovens atores levou o público a aplaudir de pé ao fim da apresentação. Fotos: Cairo Martins e Manuel Henrique

Graziela França- estudante de Jornalismo

Teatro lotado, público atento e empolgado com a apresentação de uma das tragédias gregas mais conhecidas: Édipo Rei.  O espetáculo reproduzido por jovens atores levou o público a aplaudir de pé ao fim da apresentação da obra do dramaturgo Sófocles, trazido pelo diretor Cleyton Alves, durante a 8ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, na noite desta sexta-feira (6), no Teatro Gustavo Guilherme Leite.

Com duração de uma hora e meia, a peça teatral retratou de maneira fiel a história do Rei Édipo, mito grego, que descobriu uma maldição que o envolvia e resultava em diversas tragédias na cidade que governava. A trama envolveu o público e arrancou reações positivas durante todo o espetáculo que é um Projeto de Extensão da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

O elenco é composto por 18 pessoas, alunos ou ex-alunos da Escola Municipal Julieta Ramos Pereira, localizada na cidade de Paripueira. Além dos atores, a apresentação contou com a participação da Camerata da Ufal, com 14 integrantes e a regência do maestro Luiz Martins.

O espetáculo surgiu a partir do Programa Círculos Comunitários de Atividades Extensionistas (Proccaext) e do Trabaho de Conclusão de Curso (TCC) do estudante de Teatro licenciatura, Cleyton Alves, também diretor da peça, com o objetivo de levar o que seria o primeiro contato com o teatro para muitos desses estudantes.

“Esse projeto é um desejo meio ambicioso, porque essa mesma escola que eu levei o projeto foi onde eu terminei o colegial. Então, eu queria poder passar pra essa nova geração a mesma coisa que eu passei, já que eu comecei o teatro dentro da escola pública e foi isso que deu um rumo à minha vida”, destacou o diretor e ator de teatro e cinema, Cleyton Alves.

Mesmo a tragédia grega não sendo um tipo de espetáculo muito presente no cotidiano alagoano, a reação das pessoas é positiva tem lotado todos os lugares em que a peça é apresentada. “A recepção do público tem sido curiosa e ao mesmo tempo me surpreende bastante, porque a ideia de levar esse espetáculo começou como a realização, tanto de um projeto, como pessoal, mas eles vem abraçando e comparecendo aos espetáculos e sempre fomentando mais plateia”, disse o diretor do espetáculo.

Um show a parte foi feito pela Camerata da Ufal que fez toda a trilha sonora ao vivo, junto com os atores, acrescentando ainda mais emoção à peça. A orquestra se apresentou em um fosso, no palco do teatro. De todas as músicas tocadas durante o espetáculo apenas uma não foi composta por membros da Camerata.