Conselho Universitário subscreve nota de pesar pela morte do reitor da UFSC

A sessão ordinária foi iniciada com um minuto de silêncio em homenagem à memória de Cancellier

10/10/2017 12h47 - Atualizado em 11/10/2017 às 13h52
Luiz Carlos Cancellier, falecido em 2 de outubro. Foto: UFSC

Luiz Carlos Cancellier, falecido em 2 de outubro. Foto: UFSC

Lenilda Luna - jornalista

Na sessão ordinária do Conselho Universitário (Consuni), realizada nesta segunda-feira (9), a reitora da Ufal, Valéria Correia, solicitou a leitura da nota de pesar publicada pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) em virtude do trágico falecimento do reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Luiz Carlos Cancellier.

Valéria destacou a consternação de todos os reitores das universidades públicas federais e de toda a comunidade universitária. “Consideramos que houve um excesso na condução da investigação ao promover um constrangimento público, diante de uma acusação sem comprovação, e sem que fosse permitido ao reitor o direito à ampla defesa”, alertou a reitora.

A reitora informou, ainda, que em reunião da Andifes foi aprovada uma visita de solidariedade ao reitor Cancellier,  marcada para o dia 4 de outubro. “Infelizmente, fomos surpreendidos com a notícia do trágico falecimento, dias antes de nossa visita. Lamentamos muito que isso tenha ocorrido e manifestamos nossa solidariedade à família, aos amigos e à toda a comunidade universitária”, ressaltou.

Após a leitura da nota de pesar publicada pela Andifes no dia 2 de outubro, horas após a morte do reitor, Valéria Correia solicitou aos conselheiros que fizessem um minuto de silêncio em homenagem à memória de Cancellier. Na nota, a Andifes afirma: “é inadmissível que o país continue tolerando práticas de um Estado policial, em que os direitos mais fundamentais dos cidadãos são postos de lado em nome de um moralismo espetacular”.

O professor Antônio Passos fez questão de manifestar sua indignação diante dos fatos e solicitou ao Conselho Universitário da Ufal que reiterasse a nota da Andifes. “Esse é um ato policialesco não apenas contra o reitor, mas contra todo o cidadão brasileiro, porque essa prática de desmoralizar publicamente um ativista é resquício da Ditadura Militar e deve ser combatida”, destacou Passos.

Por unanimidade, o Conselho Universitário aprovou a subscrição da nota de pesar da Andifes, que pode ser conferida no link  http://www.andifes.org.br/nota-de-pesar/