Edufal lança livro no Colóquio Literatura e Utopia

Livro ‘Distopia’ será lançado nesta sexta-feira (23), às 18h, na Faculdade de Letras

22/09/2016 08h00 - Atualizado em 21/09/2016 às 22h47
Capa do livro que será lançado no dia 23

Capa do livro que será lançado no dia 23

Márcia Alencar – Jornalista

A Edufal e o Grupo de Estudos Literatura e Utopia, da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Alagoas (Fale/Ufal) convidam a comunidade acadêmica para o lançamento do livro Distopia: fragmentos de um céu límpido, de Tom Moylan, em edição de Ildney Cavalcanti e Felipe Benício e tradução deste, com Pedro Fortunato e Thayrone Ibsen. O livro será lançado nesta sexta-feira, 23 de setembro, às 18h, na Faculdade de Letras (Fale), no Campus A.C. Simões, durante a programação do 3º Colóquio Literatura e Utopia.

Segundo a professora Ildney Cavalcanti, a obra vem de um passado não muito distante, do início dos anos 2000, mas que diz muito sobre o nosso presente e o nosso futuro. “Estamos falando de literatura e, especificamente, de distopias - narrativas que extrapolam o nosso presente histórico para retratar uma realidade pior que a nossa. Temos observado a predominância desta tendência nas literaturas e, também, em diversas outras expressões culturais, na contemporaneidade”, ressalta.

Na introdução da obra os editores esclarecem que aqui lançado como livro, originalmente constitui a parte 2 (capítulos 4, 5 e 6) de Scraps of the untainted sky: science fiction, utopia, dystopia, de Tom Moylan. Na parte 1 deste livro, o autor expõe uma reflexão sobre ficção científica e utopia, mas já há uma consistente bibliografia em língua portuguesa sobre utopia, bem como sobre ficção científica. Já na parte 3, Moylan analisa três obras, enfatizando a categoria proposta por ele: a distopia crítica.

Embora seja uma discussão de grande importância, sobretudo no que concerne à metodologia de análise das obras, nenhum dos três romances escolhidos por Moylan foi traduzido para o português. “Por isso, pelo menos por enquanto, resolvemos traduzir apenas a parte especificamente sobre distopias, na qual, inclusive, as discussões teóricas e as análises são feitas a partir de livros já bastante conhecidos do público brasileiro”, destacou Ildney.

De acordo com a professora, o crescente interesse do público brasileiro por esse gênero, claramente motivado pelo recente boom de distopias — sob várias reconfigurações e talvez mais perceptivelmente no fenômeno das distopias para adolescentes — sentiu-se a necessidade de trazer uma discussão teórica sobre esse tópico para o nosso contexto.

Segundo os editores, o livro fornece uma visão panorâmica do desenvolvimento desse subgênero literário ao longo do século 20, estabelecendo suas principais características, suas relações com a história e a cultura, e os desdobramentos formais por que passou até os anos 2000. O grupo também destaca que esse trabalho de tradução nasceu de uma necessidade bastante localizada — a de pesquisadores em vários níveis de formação (graduação, mestrado e doutorado) que interagem entre si no grupo de estudos Literatura e Utopia. “Esperamos contribuir num escopo mais amplo, agindo para a consolidação das práticas de pesquisa voltadas para os utopismos da cultura, esperando fornecer pontes entre o público leitor brasileiro e as teorizações acerca das distopias da cultura, tema que importa muito crucialmente neste espaço de tempo em que vivemos”, disse Cavalcanti.

Saiba mais sobre o grupo de pesquisa aqui.