Simoneide Araújo – jornalista colaboradora

Em reunião do Fórum Integrado de Arte e Cultura, realizada na última sexta (22), o vice-reitor José Vieira apresentou o novo formato da quarta edição do Congresspo Acadêmico Integrado de Inovação e Tecnologia (Caiite 2016). O evento será realizado em dezembro, nos campi da Universidade Federal de Alagoas, em Maceió e no interior, e continuará com as parcerias das faculdades e universidade do Estado.

Além da abertura, a plataforma será comum aos parceiros e o espaço físico da Ufal estará aberto para as instituições participantes realizarem suas ações. “Pela nova proposta, nossos parceiros poderão usar nossas instalações ou realizar suas atividades em suas sedes e unidades. Reconhecemos que o Caiite é um grande evento, um patrimônio da Ufal, que ultrapassou os limites da nossa Universidade. Não temos como não realizar, porque temos um compromisso com as outras instituições e com a sociedade alagoana”, disse Vieira, ao se referir às dificuldades financeiras por que passam as universidades públicas.

O desafio, segundo Vieira, é encontrar uma forma de realizar o Caiite nesse cenário de contingenciamento da ordem de 80% de custeio e 40% a 60% de capital, além dos problemas de repasses financeiros que o governo ainda não regularizou. “Tomamos a decisão e vamos realizar o evento, mas não no modelo anterior, porque é muito caro. Só para se ter uma ideia, ele custou cerca de R$ 1,2 milhão só na parte que coube à Ufal, por isso, estamos sendo realistas ao realizá-lo em nossas próprias instalações”, revelou, ao convidar os presentes à reunião para participar e se envolver nesse novo formato.

Definições do Fórum

Sobre os demais pontos de pauta da reunião do Fórum, o coordenador de Assuntos Culturais, Ivanildo Piccoli, deu informes de interesse geral e fez a proposta de criação de uma agenda unificada e compartilhada para todos os equipamentos culturais e os cursos de Artes da Universidade. “Nossa intenção é que todos nós tomemos conhecimento de tudo que está sendo produzido para facilitar a divulgação das ações de forma mais ampla e mais coordenada. Além disso, se fizermos esse sistema, evitaremos choque de agendas nas nossas instalações e todos podem aproveitar da programação”, revelou.

Piccoli também falou das dificuldades enfrentadas pela gestão para atender ao decreto que proibe, desde 2010, o pagamento de bolsas para quem não é aluno da Universidade. “Conseguimos manter as bolsas da Orquestra Sinfônica até o final de dezembro. Mas, após esse período, 27 integrantes da Orquestra deixarão de receber pela Ufal porque é ilegal. Por outro lado, conseguimos manter esse mesmo número de bolsas para que nossos alunos possam integrar o grupo e vamos tentar conseguir um patrocínio para a Orquestra. Assim, poderemos manter os atuais músicos que não têm vinculo com a Universidade”, explicou.

O vice-reitor aproveitou para destacar o empenho da Coordenação de Assuntos Culturais para garantir as bolsas referentes aos projetos de Extensão e dos equipamentos culturais. “Estamos num momento difícil, delicado no que diz respeito à questão financeira e estamos tentando manter a Universidade, pagando regularmente as bolsas dos nossos alunos e sem atraso. Até o momento nós temos conseguido e, para isso, temos feito um esforço muito grande, necessário para garantir o pagamento em dia e, dentro desse cálculo, garantir as bolsas da Extensão. Estou fazendo esse registro público para ressaltar o trabalho da professora Joelma [Albuquerque], do Piccoli [Ivanildo] e da Betânia [Gomes] no sentido de cobrar mais vagas para nossos editais”, destacou.

A próxima reunião do Fórum será dia 30 de setembro, no Espaço Cultural.