Museu de História Natural comemora o dia do Arqueólogo

MHN possui a primeira arqueóloga da Universidade e destaca a importância do setor

26/07/2016 12h58 - Atualizado em 22/11/2021 às 09h05
Embora seja o mais novo setor do MHN, a Arqueologia se destaca e participa de maneira ativa das atividades realizadas no museu.

Embora seja o mais novo setor do MHN, a Arqueologia se destaca e participa de maneira ativa das atividades realizadas no museu.

Graziela França – estudante de Jornalismo

No dia 26 de julho é comemorado o Dia Nacional do Arqueólogo. O profissional responsável por estudar as sociedades humanas do passado através de vestígios deixados por elas, buscando compreender seu modo de vida em diversos aspectos, que variam desde a maneira como elas se relacionavam até o modo como desenvolviam tecnologias.

No Museu de História Natural (MHN) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), o setor de Arqueologia surgiu no final de 2014, com a chega da primeira arqueóloga da Universidade, Mayana de Castro. Embora seja o mais novo setor do MHN, a Arqueologia se destaca e participa de maneira ativa das atividades realizadas no museu.

O acervo do setor possui peças que foram doadas ou apreendidas, são fragmentos cerâmicos, artefatos líticos (ferramentas feitas de pedra), urna funerária fragmentada, material ósseo e pilões que passam por alguns procedimentos quando são recebidos, como limpeza, identificação, catalogação e armazenamento adequado para análise posterior.

A importância da arqueologia para sociedade foi o motivo que fez Mayana de Castro escolher a Arqueologia como área de atuação. “Ao resgatar essa memória sócio-histórica, a Arqueologia ajuda as comunidades a entender, se identificar e valorizar seu patrimônio cultural”, enfatiza ela.

Atualmente o setor de arquelogia do MHN é formado pela Arqueóloga, Mayana de Castro e a graduanda de Ciências Biológicas, Érica Pricylla.

Parcerias

A arqueóloga do MHN destaca as parcerias feitas com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e o Núcleo de Ensino e Pesquisa Arqueológico (Nepa) da Ufal. “Estamos articulando trabalhos tanto de Educação Patrimonial quanto de pesquisa científica. Um exemplo de trabalho que estamos realizando em conjunto é o segundo Fim de Semana no Museu, que ocorrerá nos dias 6 e 7 de agosto, com a programação a ser divulgada nos próximos dias.”

Arqueologia em Alagoas

O território alagoano é repleto de sítios arqueológicos. Os mais comumente encontrados são os chamados pela população de Chã de Cacos, devido aos fragmentos cerâmicos espalhados pelo solo. “Além dos vestígios indígenas, há também vários outros tipos de sítios: os que indicam a chegada dos europeus, os quilombos, as pinturas rupestres, as construções históricas, entre outros”, ressalta Mayana de Castro.