Gestão da Ufal recebe estudantes que reivindicam melhorias na RUA

Residentes realizaram ato a caminho da reunião agendada com os gestores

15/07/2016 09h00 - Atualizado em 18/07/2016 às 12h10
Estudantes são recebidos pelos gestores da Ufal

Estudantes são recebidos pelos gestores da Ufal

Redação Ascom

Estudantes que moram na Residência Universitária da Ufal (RUA) foram recebidos, na tarde de quinta-feira (14), pelo vice-reitor José Vieira, pela pró-reitora Estudantil, Analice Dantas, e pelo chefe de Gabinete, Fernando Medeiros. Eles realizaram uma manifestação a caminho da reunião, previamente agendada, e reivindicaram melhorias nas instalações da RUA e no acesso ao Restaurante Universitário (RU). Os residentes se concentraram em frente ao prédio da residência para levar à gestão uma pauta de anos de reivindicações.

“Estamos cientes de todas estas solicitações. Desde o início dessa gestão, temos atendido demandas históricas do movimento estudantil e o canal de diálogo está e sempre estará aberto. Já tivemos várias reuniões com eles para expor a situação e apresentar o que vem sendo feito para solucionar. O diálogo nunca faltou”, destacou o vice-reitor. A reitora Valéria Correia não participou da reunião, pois se encontra em viagem a serviço da Ufal.

Os estudantes alegam que desde abril de 2014, durante as negociações de transição da antiga RUA para a atual, ficou acordado que haveria acesso facilitado à atendimentos e exames no Hospital Universitário, lazer, esporte e acompanhamento psicológico, além de melhorias no atendimento do RU.

A preocupação do grupo é, entre outros fatores, que o projeto original da Residência não foi cumprido, já que apenas cinco casas foram entregues, das 12 prometidas.  "Do projeto original de doze casas, apenas cinco foram entregues. “Destas, duas amargam a falta de guarda-roupas nos quartos, armários na cozinha, eletrodomésticos em igual número às outras três e câmeras de segurança. Atualmente, não existe perspectiva para construção das outras sete casas", ressaltaram os estudantes na convocação para o ato.

“Queremos a oportunidade de avançar nesta gestão, construir as melhorias juntos. Sabemos que a burocracia realmente existe, mas não se pode permitir que velhas práticas continuem acontecendo”, expôs Jadson, estudante de Psicologia.

José Vieira ressaltou que são demandas de mais de oito anos e que não será possível resolver de uma hora para outra. Ele afirmou que há um forte empenho para manter o funcionamento da Universidade em um período econômico delicado. “Todo mundo sabe que as universidades públicas brasileiras passam por um momento de crise, de contenção, desde 2014. Mesmo assim, temos conseguido manter as atividades da Ufal e estamos priorizando a assistência estudantil, como a residência e o restaurante universitários. O pagamento das bolsas está sendo feito rigorosamente em dia”, salientou.

Sobre os problemas de acesso à internet na Residência, Vieira explicou que há um entrave no contrato com a empresa responsável pela rede lógica, e que afeta o acesso não apenas nas dependências da RUA, mas em toda Ufal. “Estamos resolvendo essa questão, pois são empresas que não estavam cumprindo o contrato”, disse. Em relação aos mobiliários, ele esclareceu que, além de aguardar a disponibilidade de recursos, é necessário seguir os trâmites legais. “Numa instituição pública, não basta apenas ter o recurso e dizer faça. O processo licitatório tem que ocorrer, respeitando a lei e o rigor necessário dos órgãos de controle. E é importante que os estudantes entendam isso”, destacou o vice-reitor.

Vieira ainda falou sobre a entrega dos demais prédios da Residência Universitária. De acordo com o gestor, a previsão existe, mas depende do prazo legal concedido às construtoras e da liberação de recursos pelos ministérios da Educação e do Planejamento.

“Todo o nosso esforço é no sentido de agilizar as soluções. O governo federal estimulou, de forma correta, a expansão das cotas e a entrada de aluno de escola pública; por outro lado, reduziu os recursos para as universidades. É uma conta difícil de fechar. Não é só uma questão da gestão atual, mas uma questão macro da política nacional para educação no Brasil.  A gente precisa ter a tranquilidade para avaliar e estudar a melhor maneira de fazer o que deve ser feito”, concluiu.

Veja aqui a nota convocatória para o ato nas redes sociais.