Reunião do Euroclima termina com proposta de parceria com laboratório da Ufal

Parceria pretende incentivar a cooperação técnico-científica e promover intercâmbio de informações

02/05/2016 11h38 - Atualizado em 03/05/2016 às 11h58
Professor Humberto Barbosa participa de reunião com gestores do Programa Euroclima

Professor Humberto Barbosa participa de reunião com gestores do Programa Euroclima

Ascom Ufal

A 2ª Reunião do Euroclima sobre Desertificação, Degradação das Terras e Seca, realizada no mês de abril no Instituto Nacional do Semiárido (Insa/MCTI), em Campina Grande-PB, contou coma participação de depois professores da Ufal. Aruã Lima, da Assessoria Internacional e Humberto Barbosa, do Icat, representaram a Universidade.

Financiada pela União Europeia e coordenada pelo Centro Comum de Investigação, na Itália, a rede Euroclima visa facilitar a integração de estratégias de mitigação e adaptação às alterações climáticas nas políticas públicas e nos planos de desenvolvimento regional.

No último dia do evento, 22 de abril, ocorreu uma reunião entre os organizadores no Brasil (direção do Insa, gestores do Programa Euroclima e coordenação do Lapis/Ufal) e alguns representantes dos pontos focais da América Latina. O objetivo foi discutir uma proposta de cooperação no âmbito do monitoramento das áreas com solos degradados e/ou em processo de desertificação.

Um dos pontos destacados na reunião foi articular uma rede de parcerias no âmbito da América Latina visando incentivar a cooperação técnico-científica e para fins de mobilidade de pesquisadores estrangeiros que realizem cursos capacitação no Insa, com foco na área de formação em monitoramento da degradação dos solos e da desertificação. Além disso, a ideia é identificar possibilidades de financiamento externo para projetos experimentais ligados ao mapeamento do processo de desertificação no Semiárido brasileiro e, promover a cooperação com organismos multilaterais.

A intenção é que a parceria promova a geração e o intercâmbio de informações e experiências entre os países, bem como a definição de metodologias sistemáticas e integradas que permitam inventariar a situação dos recursos naturais para a orientação de investimentos e políticas públicas.

Sobre a 2ª Reunião do Euroclima

O encerramento do evento contou com a participação do diretor científico da área de gestão de riscos climáticos do Centro Comum de Investigação (JCR) da Comissão Europeia, Paulo Barbosa, do diretor do Insa, Salomão Medeiros, e do coordenador do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites da Universidade Federal de Alagoas (Lapis/Ufal), Humberto Barbosa.

Eles destacaram a importância do evento no Brasil por permitir a criação e o fortalecimento de redes entre os agentes investigadores da área acadêmica, da industrial, das organizações sociais e da política, proporcionando um olhar ampliado sobre a questão da desertificação e da degradação das terras, bem como o intercâmbio de saberes e experiências na área de monitoramento desses processos na América Latina.

Nos dias 18 e 19 de abril, o evento contou com a apresentação de estudos de caso desenvolvidos por pesquisadores do projeto Euroclima oriundos de diversos países da América Latina, e a apresentação de trabalhos desenvolvidos por instituições brasileiras na área de convivência com o Semiárido e combate à desertificação.

Na quarta-feira (20), os pontos focais participaram de uma visita de campo para conhecer as experiências das famílias de agricultores do município de Areia (PB). A atividade foi organizada com o apoio da Assessoria a Projetos em Agricultura Alternativa (AS-PTA), Organização Social que pertence à rede Articulação Semiárido Brasileiro (ASA).

Nos dias 21 e 22 de abril, integrou a programação do evento um curso de Capacitação em gestão e análise de informação biofísica, social e econômica para o monitoramento, prognóstico e mitigação dos impactos da seca e degradação das terras na América Latina e no Caribe. O Curso foi realizado pelo Lapis e o objetivo foi aprofundar o conhecimento científico e difundir a aplicação de práticas metodológicas para a gestão de risco à seca e degradação das terras nas regiões geográficas da América Latina e do Caribe.