Abertura do Seminário de Curricularização da Extensão conta com apresentação de grupo Abí Axé Egbé

Grupo é um exemplo de projeto de Extensão de aproximação com a cultura popular e estímulo de produções acadêmicas sobre o tema

18/05/2016 16h05 - Atualizado em 22/11/2021 às 09h05
Grupo cultural Abí Axé Egbé. Foto: Lenilda Luna

Grupo cultural Abí Axé Egbé. Foto: Lenilda Luna

Lenilda Luna - jornalista
O Seminário de Curricularização da Extensão, aberto na manhã desta quarta-feira (18), no auditório da Reitoria, iniciou com uma programação bem ilustrativa da importância de integrar o trabalho de Extensão realizado na universidade ao currículo acadêmico, como preconiza o Plano Nacional de Educação (PNE), Lei 13.005 de 2014.

A mesa de abertura contou com as presenças do vice-reitor José Vieira, a pró-reitora de Extensão, Joelma Albuquerque, a professora Giana Rosa, representando a Prograd, e o professor Roberto Lacerca, da Universidade Federal de Sergipe (UFS), palestrante convidado. "A situação política mudou e precisamos nos articular para defender a importância das atividades de Extensão numa perspectiva transformadora", ressaltou a pró-reitora de Extensão, Joelma Albuquerque.

O vice-reitor José Vieira saudou aos professores e coordenadores de unidades acadêmicas presentes, ressaltando a importância de debater o tema, ainda mais nesse contexto de cortes no orçamento da educação e propostas que surgem no Congresso Nacional de autorizar as universidades a cobrarem pelas atividades de pós-graduação e de extensão. "Precisamos debater, entender o momento que estamos vivendo e atuar conjuntamente", destacou Vieira.

Após a solenidade de abertura, os participantes foram para o hall da Reitoria onde acompanharam a apresentação do Grupo de Cultura Negra do Sertão Abí Axé Egbé. O grupo de Extensão conta com a participação de alunos do Campus do Sertão, jovens da Comunidade Quilombola da Serra das Viúvas, em Água Branca, e representantes das religiões candomblecistas da região.

O professor Gustavo Gomes,  coordenador do projeto e professor do curso de História, falou da importância da formação do grupo pra a integração da universidade com a comunidade sertaneja, a preservação das tradições culturais e religiosas e a luta contra a intolerância religiosa e contra o racismo. "Além disso, temos importantes frutos acadêmicos, já que o grupo estimulou mais de dez trabalhos de conclusão de curso (TCC) e pesquisas na pós-graduação", concluiu ele.

Terminada a apresentação, que foi bastante aplaudida, os participantes do seminário voltaram para o auditório onde acompanharam a palestra do professor Roberto Lacerda, da UFS, sobre as várias concepções de Extensão nas universidades. A programação conta com várias palestras e grupos de trabalho e prossegue até essa quinta-feira.