Ufal vai debater ensino erudito e conhecimento popular

Essa é a proposta do 1º Colóquio de Música Popular que acontece dias 26 e 27 de abril

22/04/2016 10h04 - Atualizado em 22/11/2021 às 09h05
Arte de divulgação

Arte de divulgação

Simoneide Araújo – jornalista colaboradora

A conexão entre o ensino dito erudito e o tradicional do conhecimento popular é a proposta do 1º Colóquio de Música Popular - Diálogos entre a Academia, que acontece dias 26 e 27 de abril, no Espaço Cultural da Universidade Federal de Alagoas. O evento é aberto a qualquer amante da música e qualquer profissional da área – seja professor, músico, arranjador, compositor, técnico de som, produtor cultural e jornalista crítico musical – busca uma aproximação da academia, o curso de licenciatura em Música da Ufal, com o mercado de trabalho.

As palestras e mesas serão realizadas na sala 11 do Espaço Cultural e as oficinas acontecerão nas instalações do Departamento de Artes. As inscrições são gratuitas e ainda podem ser feitas. São 100 vagas por palestra e 15 vagas para cada oficina ofertada. Quem tiver interesse, basta acessar o blog do evento. A organização do evento fez um tutorial em vídeo para orientar as pessoas na hora de fazer a inscrição.

A iniciativa do Colóquio é do Grupo de Pesquisa Metodologia e Concepção Social do Ensino Instrumental, vinculado ao CNPq e à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação. Serão dois dias de debates com palestras e oficinas ministradas por grandes músicos locais e de outros estados, além de apresentações musicais e mesas-redondas com temáticas envolvidas com educação musical, música popular, direitos autorais e gêneros musicais. “Ao todo, temos 30 pessoas envolvidas na organização e nas oficinas e todos são voluntários”, disse o coordenador do evento, Marcos Moreira, professor do curso de Música da Ufal e integrante do grupo de pesquisa.

Para o professor, será uma troca de conhecimentos. “Estamos com oficinas que vão abordar elementos de coisas que não ofertamos no curso de licenciatura da Ufal, até pela carência de docentes e por não termos uma ementa que permeie por essas vertentes. Então o colóquio vai fazer a gente discutir exatamente essa possibilidade de unir a parte da música acadêmica, dita erudita, com a parte popular, que também pode ser considerada erudita; a diferença é que a música popular tem um contexto um pouco diferente, mas é música como qualquer outra”, ressaltou Moreira.

O colóquio propõe abrir o diálogo, como o próprio tema apresenta. “Para desmistificar essa questão e entender que música é música, independente de ser erudita ou popular e que pode utilizar exatamente esses códigos, essa linguagem musical da escrita, da expressão da forma como ela é feita, resolvemos criar um evento para congregar músicos que já atuam na noite, nos bares e em casa de shows de Alagoas com a realidade do nosso curso e a realidade do mercado de trabalho”, completou o coordenador.

Na programação haverá duas mesas-redondas, uma sobre choro e outra sobre música pop dos anos 1980 até os dias atuais; duas palestras sobre direitos autorais e os grandes festivais de música que ocorreram em Alagoas nas décadas de 1960 e 1970 e 1980. As oficinas, também são gratuitas, serão de alguns instrumentos voltados à utilização da prática musical popular, como violão sete cordas, guitarra, pandeiro, saxofone clarineta

Os instrutores das 11 oficinas são de Alagoas, de Aracaju e de Salvador. São eles: Carlos Bala (Bateria), conhecido baterista que toca com Djavan; Elizaubo Wandeberquer (Clarinete); José Luann Veiga (Arranjo instrumental); Saulo ferreira (Guitarra); Maglione Santos (Percussão 1); Davysson Lima (Saxofone); Luciano Falcão (Gaita); José Gentil (Trompete); Mikla Valtari (Pandeiro); Francisco Fidelis (Violão de sete cordas) e Ricardo lopes (Harmonia).

Outros convidados são o maestro Almir Medeiros, ex-aluno da Ufal e ex-regente da Orquestra Sinfônica Universitária; o trompetista Siqueira, que tem trabalho com choro em Alagoas e faz parte do Corpo de Bombeiros do Alagoas; Herman Torres, compositor que tem história e grande bagagem sobre música popular; e Leonardo Arecipo, professor do Instituto Federal de Alagoas, Campus Marechal Deodoro, que vai abordar a questão acadêmica com estudo e pesquisa sobre a música popular.

PROGRAMAÇÃO

Dia 26 de Abril (terça-feira)

8h30 - Abertura do 1º Colóquio de Música Popular: Diálogos entre a Academia, com as falas da pró-reitora de Extensão, Joelma Albuquerque, e do coordenador do evento, Marcos Moreira;
9h - Apresentação musical – Grupo MA

10h - Oficinas de Instrumentos (cursos)

12h - Almoço

13h30 - Mesa-redonda - Tema 1: O Erudito toca choro e o samba por que não?

Integrantes: Almir Medeiros, Flavio Ferreira (mediador) e Francisco Moura

15h - Apresentação Musical

16h - Palestra com o Professor Leonardo Arecippo, do Ifal de Marechal Deodoro

17h - Concertos e apresentações (pátio do Espaço Cultural) – Aracaju Instrumental - Trio

Dia 27 de Abril (Quarta-feira)

8h30 - Exposição de livros, monografias e teses sobre musica popular
9h15 - Apresentação musical 
10h - Oficinas de instrumentos
12h - Almoço
13h30 - Mesa-redonda – Tema 2 - Diálogos Acadêmicos: O Pop Rock em Maceió e no Nordeste. 
Integrantes: Marcos Moreira (mediador), André Solon, Ricardo Lopes e Carlos Alberto Vieira (Carlos Bala)
15h - Apresentação musical
16h - Palestra com o compositor Hermann Torres
19h - Apresentação de encerramento (pátio do Espaço Cultural) - Aracaju instrumental Trio; Rodrigo Santos Trio e diversos grupos
21h30 - Encerramento do 1º Colóquio de Música, com Ricardo Lopes Trio e convidados