Estudantes e movimentos sociais lançam comitê contra uso de agrotóxicos

Objetivo é promover o debate sobre os malefícios causados devido ao uso desses produtos

29/04/2016 10h09 - Atualizado em 02/05/2016 às 10h24
Movimentos sociais em marcha para a Ufal. Fotos: Thiago Prado

Movimentos sociais em marcha para a Ufal. Fotos: Thiago Prado

Thâmara Gonzaga - jornalista

Cerca de 1,5 mil integrantes de movimentos sociais agrários participaram, nessa quinta-feira (28), do lançamento do Comitê Alagoano da Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e Pela Vida. O evento, realizado no Centro de Ciências Agrárias (Ceca), fez parte da programação da 3ª Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária (Jura).

Segundo o dirigente nacional do MLST, Josival Oliveira, o comitê é formado por estudantes da Ufal e movimentos sociais. “O objetivo é não deixar que se perca o debate sobre o mal que os venenos causam. A luta é pela cultura da terra e as feiras da reforma agrária mostram que a nossa bandeira é por uma produção que gere vida e não morte”, defendeu Oliveira.

Após o lançamento do comitê, eles seguiram em marcha para o Campus A.C. Simões onde foram recebidos pela pró-reitora de Extensão, Joelma Albuquerque, que reconheceu a importância da pauta defendida pelos movimentos. “A reforma agrária é uma reivindicação histórica, uma causa justa. A universidade também deve ser espaço para a luta dos movimentos populares”, destacou.

Os integrantes dos movimentos sociais agrários permanecem na Universidade até esta sexta-feira (29), onde participarão de debates no período da manhã e, após o almoço, seguem em marcha para o Centro de Maceió.

Ceca e trabalhadores rurais

Além dos relevantes trabalhos de pesquisa sobre grandes culturas, a exemplo da cana-de-açúcar, o Centro de Ciências Agrárias também desenvolve importantes atividades de extensão e de assistência técnica em assentamentos de trabalhadores rurais que fazem uso da terra para sustento próprio e utilizam apenas a mão de obra familiar.

Uma das ações tem como foco a disseminação de pesquisas sobre materiais genéticos adaptados à agricultura familiar, como o feijão fava, a batata doce, o milho e a mandioca.

A Clínica de Diagnose Vegetal também atende a demandas dos trabalhadores rurais ao identificar pragas ou doenças em plantas e apresentar alternativas de manejo.

Há, ainda, a colaboração por meio do laboratório de análise de solos, das visitas de alunos e professores aos assentamentos. “Buscamos manter uma relação de parceria com os movimentos sociais agrários pois reconhecemos a importância social e econômica da agricultura familiar”, ressaltou o diretor do Ceca, Gaus Andrade.

Para saber mais sobre a 3ª Jura, acesse aqui.