Chorinho e bom bate-papo no último dia do Colóquio de Música

Músicos dividem suas experiências com alunos e professores da Ufal


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O pop rock na centro da conversa

O pop rock na centro da conversa

Simoneide Araújo – jornalista colaboradora

Muitas histórias, um bom bate-papo regado a chorinho e muita descontração. Assim foi o último dia do 1º Colóquio de Música da Universidade Federal de Alagoas. Músicos como Herman Torres, Carlos Bala, Ricardo Lopes e André Solon falaram de suas trajetórias e dividiram experiências com alunos, professores e outros profissionais que participaram do evento.

Entre um bate-papo e outro duas apresentações de chorinho. Elizalbo Wanderberg e Cláudio Gouveia tocaram Vou vivendo, de Pixinguinha, e André de sapato novo, de Vitor Correia. A dupla Breno Chiareli e Rodrigo Zolet tocaram, com violão e acordeon, o choro Vaidoso, de Moacir Santos.

A ideia do evento, segundo o coordenador Marcos Moreira, é justamente integrar e provocar esses movimentos e pessoas que tenham contribuído com a história da cidade e da música brasileira. “Acho que essa está sendo uma feliz ideia e realizar um encontro como esse colóquio, que promove esses diálogos. Nós aproveitamos uma enciclopédia viva da música brasileira, Herman Torrres, que está no nosso curso, para que os demais alunos ficassem orgulhosos de tê-lo como colega. Essa troca é muito legal de gerações, de formação, de conhecimento, que é o que a gente leva para vida toda”, ressaltou.

Moreira reforça que o curso tem de ser prazeroso para o aluno. “Você [aluno] tem de sair daqui gostando do que passou para sentir saudade. Com a sensação feliz e, ao mesmo tempo, de dizer que pena que acabou. É essa sensação que eu quero que vocês sintam. Aproveitar Carlos Bala, Edson Solon, enfim, todos os profissionais que passaram por aqui nesses dois dias de evento. Foi uma troca muito boa”, destacou.

O guitarrista Ricardo Lopes, o músico e professor da Secretaria de Educação da Bahia, André Solon, e Carlos Alberto Vieira, mais conhecido como Carlos Bala, baterista que toca com Djavan, colocaram em pauta o Pop Rock em Maceió e no Nordeste. Cada um falando de sua realidade, das dificuldades e do que foi e está sendo prazeroso.

O alagoano Herman Torres, que tem atuação marcada na história da música popular brasileira, brindou os participantes com um pouco de sua carreira como compositor, cantor, instrumentista e arranjador. Ele já tocou com Fagner, Alceu Valença e Zé Ramalho. E não para por aí; são 49 músicas de sua autoria, gravadas por grandes nomes nacionais como Zizi Possi, Fábio Jr, Amelinha, Ney Mato Grosso, Vital Farias e muitos outros.

Durante a conversa, ele disse que está de volta a Maceió e resolveu estudar. “Tenho uma ligação muito forte com Alagoas. Entrei no curso de Música na Ufal para aprender o que ainda não sabia e foi terrível porque quando vim pra cá percebi que o que eu não sei é muito mais do que eu pensava. Harmonia, por exemplo, é um mistério, um mar profundo [rsrsrs]”, disse.

No final do dia, os participantes assistiram a apresentação de Rodrigo Santos Trio, no pátio do Espaço Cultural.