Pesquisadores conquistam reconhecimento e consolidam a produção científica do Instituto de Física

Este ano, três pesquisadores ascenderam de nível na avaliação de produtividade do CNPq

07/03/2016 09h00 - Atualizado em 07/03/2016 às 11h40
Francisco Moura atribui o avanço nas pesquisas desenvolvidas no IF ao trabalho em equipe

Francisco Moura atribui o avanço nas pesquisas desenvolvidas no IF ao trabalho em equipe

Lenilda Luna - jornalista

O Instituto de Física (IF) da Universidade Federal de Alagoas Ufal iniciou o ano de 2016 com muitas conquistas para comemorar. No último edital de Bolsa Produtividade do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), três pesquisadores da unidade conquistaram a ascensão de nível. Além do professor Marcelo Lyra, que chegou ao nível mais alto de produtividade, também subiram na classificação os professores Francisco Fidélis de Moura, para o nível 1 C, e o professor Eduardo Costa, para o nível 2. 

Saiba mais sobre o nível de produtividade do professor Marcelo Lyra.

Os pesquisadores que se candidatam às bolsas de pesquisa junto ao CNPq sabem bem o quanto essa mudança de nível é complexa. Os critérios vão desde uma produção científica contínua e reconhecida internacionalmente à colaboração na formação de novos pesquisadores. O nível 2 é concedido para os pesquisadores que obtiveram o doutorado. Depois, no nível 1, dividido nas etapas D, C, B e A estão embutidas décadas de pesquisa e orientação científica. Cada bolsa tem a duração de três anos e só depois desse prazo os pesquisadores podem candidatar-se novamente. 

No caso do professor Francisco Fidélis de Moura, essa produção já começou na graduação, concluída em 1996, na Ufal, com a participação em grupos de iniciação científica. A partir de 1997, no mestrado, a constância de publicações rendeu ao pesquisador, em 2014, a marca de mais de mil citações em artigos científicos, segundo o Web of Science, o que também é um índice considerado pelo CNPq para a avaliação de produtividade. "Nesse nível 1 C, o comitê analisa o impacto do seu trabalho na comunidade científica internacional. Também pesou o fato de eu ter orientado dois alunos de doutorado, que hoje são professores universitários", complementa Francisco Moura. 

Confira a matéria sobre a marca de mil citações em artigos científicos.

O projeto apresentado pelo professor, e aprovado pelo CNPq, é intitulado "Transporte eletrônico em sistemas de baixa dimensionalidade com desordem e efeitos de interação". No relato de produtividade, Francisco Moura destaca os 68 artigos internacionais indexados em dez anos, as 15 orientações concluídas, sendo 13 dissertações de mestrado e duas teses de doutorado; além disso, destaca-se a captação de recursos junto aos editais públicos para montagem de dois laboratórios de computação científica de alto desempenho e a criação de um novo grupo de pesquisa no Instituto de Física, com a construção de um novo laboratório de computação científica dedicado a este grupo. 

Todas essas ações apontadas pelo pesquisador no projeto vão muito além dos números e índices. Revelam a dedicação à pesquisa científica e uma grande capacidade de trabalhar em grupo. "A produção científica é colaborativa. Não existe a figura do cientista solitário em seu laboratório. Trabalhamos em conjunto e, por isso, quando um de nós conquista um maior nível de produtividade ou outra forma de reconhecimento na comunidade científica, essa comemoração é coletiva, porque envolve parcerias com amigos, colaboradores e estudantes", finaliza o professor Francisco Fidélis de Moura.