Estudantes do projeto de extensão da Esenfar produzem armadilhas para o Aedes aegypti

Mais uma ferramenta na luta contra o mosquito e não substitui os cuidados necessários para evitar a proliferação do inseto

07/03/2016 14h53 - Atualizado em 22/11/2021 às 09h05
Professora de enfermagem, Danielly dos Anjos, e o estudante Mário Lima recolhem objeto que estava acumulando água

Professora de enfermagem, Danielly dos Anjos, e o estudante Mário Lima recolhem objeto que estava acumulando água

Thâmara Gonzaga – jornalista 

Na luta contra o mosquito transmissor da dengue, da chikungunya e do zika, toda iniciativa é valiosa. E foi com o objetivo de unir esforços no combate ao Aedes aegypti que estudantes do projeto de extensão Saúde na Comunidade, vinculado à Escola de Enfermagem e Farmácia (Esenfar) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), participaram de uma oficina, na última sexta-feira (4), para produção de uma armadilha conhecida como mosquitérica.

O objeto é simples, feito com garrafas plásticas de refrigerante, preenchido com água e iscas para atrair o mosquito. “A lógica é fazer com o que o inseto se aproxime e ponha os ovos. Uma vez na mosquitérica, irão eclodir e seguir o ciclo reprodutivo. Ao atingir a fase adulta, não conseguirão escapar e, consequentemente, haverá menos mosquito no ambiente”, explicou o estudante de enfermagem, Mário Lima. Ele ainda orientou que, depois de uma semana, é preciso repor a água ou então fazer a higienização da armadilha. Após a oficina, os estudantes percorreram as instalações da Escola de Enfermagem e Farmácia para distribuir as mosquitéricas produzidas, além de identificar e recolher qualquer tipo de material que pudesse acumular água. Lembrando que a armadilha não substitui os cuidados necessários para evitar a proliferação do inseto; portanto, é imprescindível seguir as recomendações dos órgãos de saúde.

A coordenadora do projeto de extensão, professora Danielly dos Anjos, contou que a ideia da atividade surgiu após uma visita da Superintendência de Infraestrutura (Sinfra) da Ufal ao prédio da Esenfar, durante a qual foram constatados locais vulneráveis à proliferação do Aedes aegypt, que necessita de água parada para se reproduzir. “Estamos mostrando aos estudantes como eles podem colaborar no combate ao mosquito e essas informações também serão levadas para as comunidades vizinhas à Universidade que são atendidas pelo projeto”, disse.

 

O projeto

O Saúde na Comunidade existe desde 2014 e a criação do projeto foi uma iniciativa dos próprios estudantes para praticar o que se aprende durante as aulas e produzir conhecimento com fins acadêmicos. De caráter multidisciplinar, reúne cerca de 50 graduandos de cursos da área da saúde, de diversas instituições de ensino superior de Alagoas, envolvendo-os em atividades preventivas e educativas. Entre as ações realizadas, estão a tenda itinerante e o circuito de minicursos. “Geralmente, promovemos as atividades dentro da Ufal e convidamos as pessoas para participar. Neste ano, temos o objetivo de levar as ações até elas; para isso, estamos firmando parcerias com os profissionais dos postos de saúde de bairros próximos ao Campus A.C. Simões", relatou a professora Danielly dos Anjos.

Aos que desejam ter uma armadilha para mosquito em casa, há vários vídeos e textos na internet que ensinam como fazer. A mosquitérica produzida pelos integrantes do projeto Saúde na Comunidade foi criada pela equipe do professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Maulori Cabral.