Natália Oliveira - estudante de Jornalismo

A Organização Não Governamental (ONG) Enactus, que reúne estudantes da Universidade Federal de Alagoas, está promovendo a palestra Empreendedorismo social - o poder da ação coletiva. O evento é aberto ao público e ocorrerá na próxima quarta-feira (16), às 15h, no Laboratório de Computação Científica e Visualização (LCCV) do Campus A.C. Simões, em Maceió. Além da palestra ministrada pela jornalista e empreendedora social, Márcia Rodrigues, haverá a apresentação das atividades desenvolvidas pela Enactus Ufal.

A Enactus tem como objetivo o incentivo ao empreendedorismo social. O programa, que tem o empoderamento de comunidades como princípio base, reúne mais de 70 mil estudantes, distribuídos em 36 países. Ao todo, a rede Enactus trabalha em quase cinco mil projetos, que geram impacto na vida de aproximadamente dois milhões de pessoas.

Em Maceió, a Enactus está presente desde novembro de 2015. O time é formado por 11 estudantes de cursos de graduação da Ufal, um professor conselheiro e conselheiros de negócio, como Carlos Wanderlan, sócio-fundador e diretor da empresa Hand Talk.

No último mês, foi realizado um processo seletivo para novos membros, onde foram recrutados 17 trainees. Desde então, os estudantes vêm passando pelo treinamento para integrarem o time. A atividade final, que faz parte da avaliação, será a palestra sobre empreendedorismo social. De acordo com a estudante de Engenharia Civil e tutora dos trainees, Mariana Barroca, a aprovação dos novos membros seguirá alguns critérios. “É preciso ter o perfil Enactus, ser proativo, empreendedor, pensar fora da caixa e possuir responsabilidade social”, revelou.

Ainda de acordo com Mariana, a ONG precisa de apoiadores para contribuírem com a causa da Enactus e, consequentemente, colaborar no desenvolvimento de atividades que resultam no empoderamento das comunidades. Mariana destaca também a importância da sociedade conhecer o trabalho desenvolvido pelo programa. Segundo ela, é preciso que a população entenda a necessidade das atividades que devem ser realizadas para que se chegue a um resultado positivo.

“A grande causa da baixa renda dos catadores de lixo está diretamente ligada ao simples fato da sociedade não separar o lixo seco do molhado. Se as pessoas fizessem isso, a produtividade deles aumentaria exponencialmente, sem falar que os resíduos molhados iriam direto para o aterro sanitário e o aumento de renda seria uma realidade”, salientou.

Ações da Enactus

Um dos projetos atuais da Enactus é junto à Cooperativa de Recicladores de Lixo Urbano de Maceió (Cooplum). A ONG realizou o mapeamento do processo produtivo deles para desenvolver um projeto em prol da melhoria da qualidade de vida de catadores de lixo e do processo produtivo, melhoria estrutural do galpão de armazenamento dos resíduos e desenvolvimento de ações sociais, tudo isso voltado para o aumento de renda.