Circuito Penedo de Cinema premia melhores produções

Destaque vai para Diva, de Clara Bastos, que venceu pelos júris oficial e popular na mostra universitária

05/12/2016 09h25 - Atualizado em 05/12/2016 às 10h38
A diretora Clara Bastos recebeu os prêmios das mãos do julgador Ninho Moraes e do prefeito de Penedo, Marcius Beltrão (Foto - Paulo Accioly)

A diretora Clara Bastos recebeu os prêmios das mãos do julgador Ninho Moraes e do prefeito de Penedo, Marcius Beltrão (Foto - Paulo Accioly)

Natália Oliveira - estudante de Jornalismo 

Após quatro dias de mostras competitivas, o Circuito Penedo de Cinema premiou na noite do sábado (3), os filmes vencedores das mostras do 9º Festival do Cinema Brasileiro e do 6º Festival de Cinema Universitário de Alagoas. O júri oficial elegeu o pernambucano Tarja Preta, de Márcio Farias, como melhor da mostra brasileira, premiado com R$ 10 mil, enquanto o júri popular premiou com R$ 5 mil Eu queria ser arrebatada, amordaçada e, nas minhas costas tatuada, dirigido por Andy Malafaia, do Rio de Janeiro.

Para Ninho Moraes, membro do júri oficial da mostra brasileira, os filmes seguiram uma linha politizada, no sentido de dialogar sobre determinados temas, como sexualidade, gênero e cidades. “O foco na politização traça um rumo para os filmes e, no momento em que vivemos, foi interessante analisar cada produção, considerada como um retrato dessa época atual”, destacou Ninho, que compôs o júri ao lado de André Dib, Xarlô, Yanara Galvão e Tairone Feitosa.

Já o grande vencedor da mostra universitária foi o filme Diva, produzido em São Paulo e dirigido por Clara Bastos, que levou os prêmios de melhor filme pelos júris oficial e popular. Estes foram os primeiros prêmios do filme ganhos dentre os seis festivais por onde foi exibido. Além dos troféus Canoa de Tolda, Diva recebeu a quantia total de R$ 13 mil pelos dois prêmios.

“A sessão aqui em Penedo foi uma das mais legais em que fui até agora, porque o público deu muito incentivo. Acho que foi o público que mais reagiu, a galera cantou as músicas do filme. Eu fiquei emocionada já na sessão e agora eu estou bem feliz”, revelou a diretora.

Os filmes Janaína Overdrive, de Mozart Freire, e Noite Escura de São Nunca, de Samuel Lobo, ficaram em segundo e terceiro lugar, respectivamente. Ambos receberam os certificados de reconhecimento das mãos de Marcelo Cosme e Michela Albuquerque, que compuseram o júri oficial ao lado de Pedro Tejada.

Sucesso de público

Com o retorno do Festival do Cinema Brasileiro, a Sala de Exibições, localizada na Praça 12 de Abril, ficou lotada para a cerimônia de premiação. Diante de mais de 300 pessoas, o coordenador do evento e professor da Universidade Federal de Alagoas, Sérgio Onofre, agradeceu a todos os envolvidos na realização do Circuito.

“O evento só existe graças a todos os nossos parceiros. Agradeço à população de Penedo que está nos prestigiando todos os dias. Esse é um dos poucos festivais do país em que a população atende ao chamado e vem assistir. A cidade queria o festival de cinema de volta e nós o fizemos, porque esse é o papel da Universidade: ajudar a mudar a realidade e o desenvolvimento local” enfatizou.

Presente na cerimônia, o secretário de Estado de Desenvolvimento e Turismo, Hélder Lima, reforçou o apoio do Governo de Alagoas para a realização do Circuito. “O Estado apoiou este evento para sua realização e tenho certeza que essa será uma prática contínua do Governo. Alagoas tem muito a crescer e nós temos muito a fazer por Penedo. Temos certeza que não só o município, mas Alagoas também será palco para grandes eventos e produção de filmes de qualidade, para que as pessoas daqui e de outros locais venham prestigiar”, destacou.

O Circuito Penedo de Cinema foi correalizado pelo Instituto de Estudos Culturais, Políticos e Sociais do Homem Contemporâneo (IECPS), pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult/AL) e a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), sendo patrocinado pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), pela Algás, Prefeitura Municipal de Penedo, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) e pelo Serviço Social da Indústria (Sesi).

O evento recebeu ainda apoio do Fórum Setorial do Audiovisual Alagoano, Way Turismo e Consultoria, Núcleo de Estudos e Pesquisas da Expressão Dramática (Neped) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).