Reitoria leva caso de violência no ICHCA à Polícia Federal

Reitora solicitou atuação do órgão na apuração do caso e punição para os envolvidos

06/10/2016 23h22 - Atualizado em 26/10/2016 às 11h07
Reitora Valéria Correia (ao centro),  procurador federal Fabrício Cabral, assessor jurídico Basile Christopoulo e superintendente da PF Bernardo Torres (lado esquerdo da reitora)

Reitora Valéria Correia (ao centro), procurador federal Fabrício Cabral, assessor jurídico Basile Christopoulo e superintendente da PF Bernardo Torres (lado esquerdo da reitora)

Mercia Pimentel - jornalista

Depois dos atos violentos envolvendo a comunidade acadêmica do Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (ICHCA), a reitora Valéria Correia foi à Polícia Federal para solicitar atuação do órgão na apuração do caso e a consequente punição para os envolvidos. Acompanhada do procurador federal Fabrício Cabral e do assessor jurídico Basile Christopoulo, ela entregou ao superintendente Bernardo Torres ofício com a solicitação, além de prints de conversas suspeitas na rede social Facebook.

Valéria Correia afirmou que a ocorrência no Instituto foi antidemocrática, além de ter criado um clima de insegurança, intolerância e animosidade. "Eles provocaram uma guerra. A Universidade é o lugar do livre pensar, da pluralidade. Se não podemos fazer isso no nosso espaço, onde faremos?", questionou a reitora, que manifestou preocupação com a integridade física de alunos e professores não só do Instituto, como de todo o Campus.

Acrescentou ainda que o comandante do 59º Batalhão de Infantaria Motorizado (59º BI MTZ), coronel Júlio César Macário, ligou comunicando que vai se dedicar para identificar e expulsar o militar, caso seja comprovado o envolvimento no caso.  O procurador Fabrício Cabral entregou o ofício do Gabinete da Reitoria em mãos, sendo informado que será aberto processo para identificar a pessoa que aparece vestida de militar fazendo continência na foto viralizada nas redes sociais.

O superintendente da PF disse que a medida inicial é fazer um Ievantamento dos envolvidos a fim de identificar estudantes e professores que presenciaram o fato, para daí então ouví-los e, após análise, informar se houve crime e qual o enquadramento legal. Na ocasião, o delegado do setor de Inteligência da PF, Antônio Carvalho, chegou a ouvir duas testemunhas, podendo amanhã já anunciar algumas diligências.