Bastante concorrida a reunião promovida pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propep) com alunos e orientadores do Programa Institucional de Iniciação Científica (Pibic), no auditório da Reitoria, na manhã desta quinta-feira, 6 de outubro. Mais de 800 alunos bolsistas da Universidade Federal integram o programa na Universidade Federal de Alagoas, distribuídos nos 354 grupos de pesquisa o que destaca a instituição na 36º colocação dentre as demais no país.

Ao participar da abertura, a reitora Valéria Correia destacou o Pibic como um programa importante na articulação entre a graduação e pós-graduação e afirmou ser a pesquisa o sentido de uma universidade pública. Ao parabenizar os alunos participantes do programa enfatizou: “Reafirmamos o nosso compromisso com a indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão, estamos empenhados para fortalecer a cada dia o Pibic e sintam-se apoiados pela nossa gestão”. Na oportunidade teceu críticas aos cortes de recursos que comprometem o andamento de todas as ações da universidade pública brasileira.

Os critérios para participação no Edital do Pibic, como pertencer a um grupo de pesquisa, foram destacados por André Lage. Disse ainda que informações sobre o andamento da pesquisa, fiscalização, avaliações e relatórios são rotina de atividades do programa e que a inadimplência impede participação em novo Edital.  Destacou os desafios e ações em andamento na Coordenadoria de Pesquisa (CPq/Propep) para o dinamismo do Pibic.  

Na oportunidade Eliana Almeida, da equipe da Propep, enfatizou que o 26º do Pibic será durante a realização do Caiite 2016, que transcorre no Campus A. C. Simões de 7 a 10 de dezembro e nos campi do interior (Arapiraca e Delmiro Gouveia), de 12 a 15 do mesmo mês.

Pesquisa e Ciência

A importância do Programa Pibic para o caminho da pesquisa foi enfatizada pelo professor Gaus Silvestre, diretor e pesquisador do Centro de Ciências Agrárias (Ceca) da Ufal. Ao discorrer sobre o tema na palestra Pesquisa e Ciência, Gaus falou do crescimento dessa área no Brasil, onde a região Sudeste detém quase a metade dos grupos de pesquisa, seguida do Sul e que o Nordeste encontra-se em 3º lugar no cenário nacional.  E frisou: “Na década de 80 o Brasil, no cenário mundial, detinha entre 0,4 a 0,5% dos artigos internacionais, apresentando em 2007 outro patamar. O receio é que a falta de investimento, principalmente pelos cortes de recursos, comprometa essa área no país”, enfatizou. “A Ciência é o conhecimento e o saber. A pesquisa é um conjunto de ações que visa a descoberta de novos conhecimentos em uma determinada área. Produz conhecimento que pode ser convertido em avanços tecnológicos”, afirmou Gaus.