Seminário de Pesquisa do Profletras reúne alunos das três turmas do mestrado

Dezoito alunos da primeira turma do mestrado profissional em rede apresentam trabalhos

29/01/2016 12h28 - Atualizado em 29/01/2016 às 12h28
Alunos do Profletras apresentaram trabalhos

Alunos do Profletras apresentaram trabalhos

Lenilda Luna - jornalista 

Durante toda esta sexta-feira, 29, estudantes da primeira turma do Mestrado Profissional em rede em Letras (Profletras) estão apresentando os trabalhos de pesquisa e socializando conhecimentos com mais duas turmas, uma que está no meio do curso e a terceira, que acabou de ser selecionada. 

O Profletras foi criado em 2013, reune 49 universidades federais, sendo coordenado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O objetivo é contribuir com a capacitação de professores de Língua Portuguesa que estão no efetivo exercício em sala de aula, nas nove séries do ensino fundamental.

Segundo a professora Andrea da Silva Pereira, coordenadora do Profletras na Ufal, a primeira turma começou a defender as dissertações no final do ano passado. "Já tivemos três bancas, faltam ainda quinze dissertações a serem defendidas", informa a coordenadora. 

Apesar do mestrado ser em rede nacional, as coordenações locais podem propor atividades específicas. "No colegiado local do Profletras tivemos a ideia de propor esse Seminário de Pesquisa, para que os mestrandos concluintes e os das duas turmas seguintes pudessem se conhecer e saber o que está sendo produzido no curso", explicou Andrea Pereira. 

A coordenadora destaca que, para os alunos que ainda vão defender a dissertação, o Seminário de Pesquisa funciona como uma espécie de treinamento. "Assim eles terão mais segurança no momento de encarar a banca. Para os que estão ainda elaborando as pesquisas, é uma socialização que contribui com o trabalho que estão realizando", ressaltou Andrea. 

Oportunidade de inclusão 

Andrea Pereira considera o Profletras como uma importante contribuição para melhorar a qualidade do ensino de Língua Portuguesa na rede pública de ensino fundamental. "Precisamos motivar os professores e melhorar nossos índices na educação pública. Não buscamos aqui a excelência da pesquisa, mas a qualificação dos professores que estão em sala de aula", destacou a coordenadora. 

Para os professores, o Profletras surgiu como uma grande oportunidade. Rosiene Omena Bispo, professora na cidade de São José da Lage, entrou na primeira turma e está concluindo a dissertação. "Minha pesquisa foi realizada na turma de 8º ano da rede municipal. Sempre tive vontade de fazer mestrado, nunca parei de estudar, fiz três graduações, mas o mestrado era um sonho muito difícil para quem está em sala de aula no interior", contou a professora. 

Quando soube do edital do Profletras, Rosiene abraçou a oportunidade. "O mestrado nos renova enquanto profissionais em sala de aula na área de linguagem. Hoje eu sou uma outra profissional, pelas experiências que eu vivenciei no mestrado", ressaltou a professora. 

Da mesma forma, Claudemira Maria da Rocha Silva sonhava em fazer um mestrado, mas não via como conciliar os estudos com as aulas para o ensino fundamental na rede municipal de União dos Palmares. "Sou professora há 34 anos e as atividades em sala pareciam inconciliáveis com a pós-graduação. Eu queria mesmo uma oportunidade como essa em que eu não precisasse me fragmentar. Hoje eu agrego o papel de pesquisadora à minha atuação como professora", concluiu a mestranda.