Simoneide Araújo – jornalista

O reitor Eurico Lôbo garantiu ao comando de greve dos docentes que encaminhará documento com os esclarecimentos e encaminhamentos que foram dados sobre a pauta local de greve da categoria. A reunião aconteceu na última quarta (23) com uma comissão formada por dez professores e representantes das pró-reitorias.

A gestão garantiu que está mantida a seção para a Associação dos Docentes da Ufal (Adufal) de uma sala no Centro de Interesse Comunitário (CIC), assim com fez com o sindicato dos servidores técnicos, o Sintufal, e fará com o Diretório Central dos Estudantes (DCE). A Superintendência de Infraestrutura vai definir, junto com as entidades, as regras para uso dos espaços e a entrega está marcada para 28 de outubro, Dia do Servidor Público.

Entre os pontos apresentados pelo comado de greve está a entrada única para os cursos do Campus do Sertão. O reitor esclareceu que essa questão está sendo discutida com a direção do daquela unidade desde 2014. “Essa é uma proposta apresentada pelo diretor Agnaldo [Santos] e estamos trabalhando com a Prograd [Pró-reitoria de Graduação] há cerca de um ano. Estamos estudando para buscar viabilizar essa proposta. É importante que a gente tenha a clareza de que não basta querer; temos de comprovar para o MEC [Ministério da Educação] como vamos equacionar essa questão”, afirmou Eurico Lôbo.

Sobre a finalização das obras, o reitor explicou que estão sendo tocadas 80, incluindo a capital e o interior. “Nenhuma obra está parada, estamos apenas redimensionando os prazos porque tivemos corte de 50% na rubrica de capital e não temos como manter o mesmo ritmo de antes. Estamos com atraso nos repasses e a prioridade quando recebemos a primeira parcela do MEC é pagar bolsa dos estudantes; disso não abrimos mão. Esse mês de setembro, tivemos recurso financeiro apenas para pagar bolsas. Não pagamos terceirizados nem contratos das obras. Essa é a realidade que estamos vivendo em tempo de crise nacional”, confirmou o gestor.

Eurico Lôbo disse ainda que várias obras serão entregues ainda este ano. Para ele, isso vai melhorar a infraestrutura para os profissionais que atuam na capital e nas unidades dos campi Arapiraca e do Sertão, além de atender a demandas dos estudantes como os restaurantes universitários, os blocos de laboratório e o hospital veterinário, em Viçosa. “Não temos como garantir a conclusão das demais porque a Ufal, assim como as demais instituições públicas do pais, está passando por um momento muito difícil com cortes orçamentários e atraso no repasse de recursos. É muito difícil garantir algo que não depende de mim. Sou o gestor da Universidade e dependo de recursos federais”, finalizou.