Programa de tratamento do tabagismo do HU abre inscrições no próximo dia 5

São 68 vagas para tratar fumantes que precisam de ajuda profissional para largar a dependência

25/09/2015 15h28 - Atualizado em 28/09/2015 às 14h13
Programa de combate ao tabagismo no HU

Programa de combate ao tabagismo no HU

Ascom HU

O Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HU) abre, na segunda-feira, 5, as inscrições para fumantes que precisam da ajuda profissional para largar a dependência química. O Programa de Controle do Tabagismo do hospital oferece 68 vagas para esse público específico, que será assistido por uma equipe multiprofissional, além de ter acesso, se necessário, a medicamentos distribuídos gratuitamente pelo Ministério da Saúde para minimizar os sintomas da abstinência à nicotina.

Os interessados devem se dirigir, levando documentos pessoais, à sala do programa, que fica próximo ao Setor de Anatomia Patológica do HU. A avaliação clínica para os inscritos será realizada no período de 13 a 23 de outubro. Nessa ocasião, será feita a seleção dos fumantes para o programa, já que a procura é sempre superior ao número de vagas ofertadas. No dia 27 de outubro os participantes são reunidos num grande encontro com a equipe profissional para receber informações e orientações sobre como funciona o tratamento. A equipe é formada por pneumologista, assistente social, enfermeira, farmacêutica e psicóloga.

As atividades do novo grupo serão iniciadas na primeira semana de novembro. Hoje, o hospital tem 60 pacientes em tratamento. O tabagismo é, reconhecidamente, uma doença crônica resultante da dependência à nicotina e um fator de risco para mais de 50 doenças, entre elas, cardiovasculares, vários tipos de câncer, asma e infecções respiratórias. Sua prevalência vem reduzindo progressivamente, entretanto, ainda é expressiva em certas regiões e grupos populacionais mais vulneráveis. 

Segundo o Instituto Nacional do Câncer, a nicotina presente no cigarro e em todo derivado do tabaco é considerada droga. “Por possuir propriedades psicoativas, ou seja, ao ser inalada, produz alteração no sistema nervoso central, trazendo modificação no estado emocional e comportamental do usuário que pode induzir ao abuso e dependência. O quadro de dependência resulta em tolerância, abstinência e comportamento compulsivo para consumir a droga, estabelecendo-se assim um padrão de autoadministração, caracterizado pela necessidade tanto física quanto psicológica da substância, apesar do conhecimento de seus efeitos prejudiciais à saúde”, apresentou.

Já de acordo com a coordenadora do Programa no HU, Seli Almeida, o tratamento para cessar o tabagismo tem uma abordagem cognitivo-comportamental, que estimula aprendizagem de novos comportamentos capazes de desconstruir as vinculações com o ato de fumar.