Jhonathan Pino – jornalista

Com as visitas realizadas entre os dias 13 e 15 de maio, aos programas de Agricultura e Ambiente, do Campus Arapiraca, Energia da Biomassa e Zootecnia, ambos do Centro de Ciências Agrárias (Ceca), já são 11 o número de pós-graduações que receberam a comissão formada por dois professores externos e um interno para o acompanhamento dos cursos, pelo Programa de Qualidade e Excelência da Pós-graduação (PEXPG). Essas atividades são realizadas como forma de diagnóstico institucional, a fim de propor recomendações de realinhamento ou consolidação da oferta de pós-graduação da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

A pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação (Propep), Simoni Menghetti, adiantou as impressões deixadas pelas comissões, após essas primeiras visitas. “Percebe-se que esses programas têm seus pontos fortes, porém há necessidade de incremento da produção científica e tecnológica, bem como é preciso o reforço de infraestrutura e o dimensionamento de pessoal tem aparecido como aspectos que merecem muita atenção”, pontua.

Patrícia Beelen, coordenadora do PPG em Zootecnia, relata o que deve mudar após esse acompanhamento, “primeiramente, tomada de consciência do corpo docente e discente, de que precisamos trabalhar muito para organizar o curso e, principalmente, um aumento na publicação científica dos docentes, baseado em todas as questões que tivemos aqui”, comenta.

O professor Emídio Cantídio, ex-diretor de Programas de Bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (Capes) e ex-reitor da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) vem participando das visitas como membro externo e já fez alguns apontamentos gerais quanto ao panorama de pós-graduação na Ufal.

“Completamos dentro do nosso cronograma com 100% de aproveitamento. Fechamos o ano de 2014 já com dois programas avaliados e logo na sequência, passada da fase pré-carnavalesca, nós fizemos, a cada mês, três visitas, e fechamos maio com 11 programas avaliados. Todos os professores receberam a melhor hospitalidade, típica alagoana, e estão felizes de ter participado desse programa de acompanhamento. Eu acho que a Ufal está no caminho certo e sem dúvida vamos ter bons frutos, colhidos a partir dessas sementes que estamos lançando nesses programas”, relata Emídio.

O professor acredita que o programa é ideal para a melhoria dos cursos. “O PEXPG persegue a excelência e a qualidade. Então se os programas de pós-graduação avançam na qualidade, eles vão avançar também nos resultados da pesquisa também para a sociedade. É um processo de correlação direta, tanto a universidade ganha na qualidade de seus programas, os mestrados de melhor qualidade vão criar os doutorados e vão trazer mais pessoas da sociedade para se doutorarem, então é uma reação em cadeia”, diz.

Além da equipe da Propep, junto com a professora Simoni Meneghetti, parte das visitas foram acompanhadas pela vice-reitora Rachel Rocha. Muito em breve, haverá um evento onde os programas acompanhados apresentarão suas propostas de termos de ajustes e condutas para a melhoria dos programas de pós-graduação na Ufal.

“Essa é a grande diferença de uma instituição que tem um planejamento estruturado de forma democrática, construindo com todos os seus professores e alunos dos PPGs. A construção disso demonstra claramente o desejo da administração superior e da Pró-reitoria de Pós-graduação em querer ver a Ufal se destacando num cenário regional e nacional”, salienta Emídio.

Pelo PEXPG, além das visitas de acompanhamento, outros subprogramas estão em andamento ou em fase de definição. Como exemplo, estão sendo realizados o subprograma Publicação de Artigos Científicos, que custeia a revisão, tradução e publicação de manuscritos científicos através dos editais 01 e 02/2015 - Propep/Ufal, e o Prêmios Ufal, que concederá prêmios às melhores dissertações de mestrado e teses de doutorado, publicadas em cada área do conhecimento.