Hilário Alencar é aprovado com nota máxima para o cargo de professor titular na Ufal

Defesa do memorial acadêmico foi realizada diante de banca examinadora externa e recebeu 10 em todos os critérios

21/01/2015 13h25 - Atualizado em 21/01/2015 às 13h34
A banca que examinou a defesa de Hilário Alencar foi composta por professores da UFPE e da UFCG

A banca que examinou a defesa de Hilário Alencar foi composta por professores da UFPE e da UFCG

Lenilda Luna - jornalista

O Instituto de Matemática da Universidade Federal de Alagoas iniciou a semana com uma avaliação importante para a qualificação do corpo docente: a defesa do memorial acadêmico do professor Hilário Alencar, que obteve nota máxima. A avaliação, feita por banca examinadora externa, é uma etapa para promoção à classe de professor titular. O cargo corresponde ao topo da carreira acadêmica e o acesso acontece por meio de concurso público de provas e títulos, no qual somente podem se inscrever os detentores do título de doutor.

Segundo o pró-reitor de Graduação, Amauri Barros, que participou da comissão que elaborou os critérios para a promoção de classe na Ufal, o processo avalia rigorosamente o desempenho do docente. "A promoção à classe de professor titular de carreira ocorre mediante a análise de relatório de atividades dos últimos dois anos na Classe D, Nível 4, seguida de Defesa de Tese Acadêmica Inédita ou Memorial Acadêmico, como foi o caso do professor Hilário. A classe de professor titular possui nível único, diferente das demais", explicou.

O processo de promoção classe E, conforme resolução adotada na Ufal, é dividido em duas etapas. A primeira é análise do relatório do último interstício, como Associado 4, e defesa de tese acadêmica Inédita ou memorial acadêmico. Essa etapa do processo de promoção foi realizada por uma comissão interna, composta pelos professores Maria Tereza Araújo, do Instituto de Física, Alejandro César Frery e Henrique Pacca Luna, ambos do Instituto de Computação. Foi nessa fase que Hilário Alencar obteve nota máxima.

Na segunda etapa, Hilário Alencar foi avaliado pelos professores Daniel Cordeiro de Morais Filho e Marco Aurélio Soares Souto, ambos da Universidade Federal de Campina Grande, e Manoel José Machado Soares Lemos, da Universidade Federal de Pernambuco. Em sua apresentação, Hilário destacou vários momentos importantes de sua trajetória na Ufal, que começou em 1976, como professor colaborador. No Instituto de Matemática, ocupou vários cargos administrativos e colaborou para a implantação da infraestrutura de pesquisa que hoje coloca a unidade como uma referência na área.

Em relação à produção científica e acadêmica, o professor Hilário tem um currículo reconhecido e premiado pela comunidade científica nacional e internacionalmente. Alencar é graduado em matemática, com mestrado, doutorado, e pós-doutorado nesta área. Atualmente é membro titular da Academia Brasileira de Ciências e membro titular da Academia de Ciências do Mundo em Desenvolvimento (TWAS).

Entre as várias realizações acadêmicas e científicas, o professor Hilário foi o idealizador do mestrado profissional em Matemática em Rede Nacional (Profmat), sendo o coordenador profissional do programa. Ele tem mais de 20 artigos publicados em revistas científicas internacionais e já orientou trabalhos de mais de 50 alunos entre graduação e pós-graduação.

Após a defesa, realizada na última segunda-feira (19), os componentes da banca examinadora fizeram vários questionamentos ao candidato Hilário Alencar e, em seguida, se reuniram para deliberar a nota, levando em conta critérios como domínio das ideias que sustentaram o trabalho, abrangência e evolução do conhecimento na área, contribuição científica e formação de novos pesquisadores. O professor Hilário Alencar recebeu nota 10 de cada um dos membros da banca, sendo aprovado com nota máxima na média.

A defesa foi acompanhada por estudantes e docentes do Instituto de Matemática e também por membros da comissão que elaborou a resolução de promoção, Alexandre Toledo, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Magna Suzana, do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde, e Marcio Barbosa, do Centro de Tecnologia, além do pró-reitor Amauri Barros. Outras defesas de memorial acadêmico devem acontecer durante este ano. "Temos em torno de cem professores na Ufal, no último nível da Classe D, que podem solicitar promoção para professor titular", explicou o pró-reitor de Graduação, Amauri Barros.

Professor Titular-livre

Além dos cerca de cem professores da Classe D, nível 4, que podem pleitear a promoção para professor titular, a Ufal foi contemplada com três vagas para o cargo de professor titular-livre, que é a mesma classe, mas obedece a critérios definidos na Lei 12.778, de 28 de dezembro de 2012. Neste processo, é preciso ter título de doutor e dez anos de experiência ou da obtenção do título, ambos na área de conhecimento exigido no concurso. Em maio de 2014, o governo federal autorizou o concurso para 150 vagas de professor titular-livre para as Instituições Federais de Ensino Superior, destinando três para a Ufal. 

Após sessão pública, com a presença de avaliadores externos, realizada em 15 de outubro de 2014, em que as unidades acadêmicas candidatas a receber as vagas apresentaram as realizações acadêmicas e o desenvolvimento das pesquisas, foi deliberado que as três vagas serão destinadas aos institutos de Química e Biotecnologia (IQB), de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS) e de Física (IF), que tiveram as maiores notas. O edital do concurso público para seleção de professor titular-livre que vão ocupar essas três vagas ainda será publicado.

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