Lenilda Luna - jornalista 

A terceira edição do Congresso Acadêmico Integrado de Inovação e Tecnologia (Caiite) será realizada de 15 a 20 de junho, no Centro de Convenções de Maceió. O evento científico e cultural, que no ano passado reuniu perto de 50 mil pessoas, pretende ser ainda mais atrativo e organizado este ano, começando por um ambiente que a partir de agora está totalmente climatizado e oferece mais conforto aos participantes. 

Porém, muito além da estrutura, o Caiite atrai pelo conteúdo diversificado, que desperta o interesse não só de pesquisadores e estudantes universitários, como dos alunos do ensino médio que têm a oportunidade de apreciar debates e atividades nas várias áreas de conhecimento. "No ano passado tivemos cerca de seis mil alunos de escolas públicas inscritos no Congresso. É importante que eles aproveitem para participar de um evento rico e gratuito. Muitas vezes, numa palestra, o aluno percebe qual o caminho acadêmico que deseja seguir", ressalta Rachel Rocha, vice-reitora da Ufal e coordenadora da comissão organizadora do Caiite. 

Uma das grandes novidades desse ano é a abertura de inscrições de trabalhos, nos formatos de poster e comunicação oral, para pessoas que não têm vínculo com as instituições promotoras do evento. "Dessa maneira, pesquisadores de qualquer universidade que têm um estudo importante em determinado setor, como mobilidade urbana, podem inscrever os trabalhos para serem avaliados pela comissão avaliadora. Isso garante uma abrangência ainda maior dos debates, para além da acadêmia, voltada para a sociedade", esclarece Rachel Rocha. 

As inscrições de trabalhos será feita no site, por meio do sistema específico para o Caiite, no período de 16 a 31 de março. A análise dos projetos inscritos será feita pela comissão de avaliadores, entre os dias 1 e 10 de abril. O resultado será divulgado no dia 27 de abril. A apresentação do poster terá duração de três horas, nos três turnos do evento. Já as comunicações orais serão divididas em dez minutos para apresentação e mais quinze minutos para perguntas, após cinco apresentações. 

Outra novidade na edição deste ano está relacionada ao processo de inscrições. Até o ano passado, o participante, além de fazer a inscrição geral no evento, também fazia as inscrições nas atividades específicas de interesse. "O problema é que muita gente fazia inscrição em mais de uma atividade no mesmo horário. O resultado é que algumas salas ficavam lotadas e outras esvaziadas. Por isso, esse ano, o participante faz a inscrição geral no evento, mas se apresenta para inscrição nos debates e palestras no local, vinte minutos antes do início", explica Rachel Rocha.

Desafios para Alagoas 

O Caiite surgiu em 2013 com a proposta de reunir, em um só evento, várias atividades científicas, acadêmicas e culturais que eram realizadas em datas diferentes. A integração é a palavra chave desse congresso, que agora engloba as diferentes áreas de conhecimento e tem a participação de outras instituições de ensino superior, como Ifal, Uneal, Cesmac, Fits e Uncisal. "Num evento assim, o grande desafio é sistematizar todo o conteúdo apresentado, de forma que ele se torne propositivo, ou seja, possa ser resumido como subsídio para a implementação de políticas públicas", ressalta a vice-reitora Rachel Rocha. 

Para possibilitar essa sistematização, a comissão organizadora, que está trabalhando no planejamento do congresso desde o ano passado, decidiu estabelecer um tema central, que será Desafios para Alagoas, dividido em seis eixos: Educação e Tecnologias; Desenvolvimento e Mobilidade Urbana; Segurança e Direitos Humanos; Atenção Integral à Saúde; Desenvolvimento Econômico e Sustentabilidade; e Cultura e Comunicação. O envio de propostas de atividades pelos docentes de todas as instituições participantes será até o dia 28 de fevereiro. A comissão científica vai fechar a programação até o dia 31 de março. 

Em cada um desses eixos, será realizada uma conferência com um especialista que tenha reconhecida produção científica na área. "Vamos iniciar cada um dos eixos com esse panorama do que existe de produção mais avançada em cada área, e depois abriremos o debate, por meio de mesas redondas e oficinas, permitindo uma construção coletiva e colaborativa de propostas, que devem fundamentar a produção de documentos, para serem consultados pela sociedade e pelo poder público, como sugestões da comunidade acadêmica para o desenvolvimento do estado de Alagoas", destaca a vice-reitora. 

Parceiros e patrocinadores 

Com o crescimento do Caiite, mais parceiros estão se engajando no evento. Este ano, a organização pretende abrir mais espaço para os estandes de instituições de ensino superior também da rede privada. Instituições públicas, como o Governo do Estado e a Prefeitura de Maceió, já colaboram com o Congresso desde a primeira edição, assim como a Federação das Indústrias de Alagoas (Fiea) e o Sebrae. 

A intenção dos organizadores é ampliar também a participação e patrocínio de empresas privadas de Alagoas. "As instituições de ensino superior fazem um grande esforço, com o orçamento limitado, para garantir a infraestrutura e a logística de um evento como esse. Nosso objetivo é que o Caiite, no futuro, possa ser bancado com o patrocínio dos colaboradores e continue gratuito, garantindo o livre acesso da comunidade alagoana", conclui Rachel Rocha.