Déborah Moraes – estudante de Jornalismo

Em meio às atividades desenvolvidas durante o 2º Congresso Acadêmico Integrado de Inovação e Tecnologia (Caiite 2014) eis que o inesperado acontece e no meio do corredor principal do Centro de Convenções, bem em frente à sala da Assessoria de Comunicação: um casal, aparentemente comum, começa a dançar e surpreende a todos que ali estavam.

O público ao redor para e observa, até que da mesma forma que começaram a dançar o casal termina a coreografia e vai embora. Era uma intervenção de dança da bailarina e professora do curso de dança da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Isabelle Pitta e seu aluno, Franklin Derlane. A intervenção, que não estava na programação oficial do congresso, surgiu de uma inquietação provocada durante a oficina Dança e os Quatro elementos da Natureza ministrada pela própria professora e aconteceu em mais um momento, na manhã do mesmo dia, entre a ela e a aluna Júlia Mathias.

A oficina resultou na reflexão sobre a centralidade da sociedade no intelecto e em como a cabeça é mais importante que o corpo. “A dança integra mente e corpo, a mensagem e a poesia, mas muitas vezes é colocado em segundo plano e sua função de meio de comunicação e de autoconhecimento é ignorada. As intervenções servem para despertar novos olhares para os fazeres artísticos”, ressaltou Isabelle.

As coreografias baseadas nas técnicas de improvisação e contato-improvisação, serviram para provocar, impactar e deixar o impacto reverberar no público, surgiram da vontade de dançar e através disso causar reflexão e mudança, interrompendo a normalidade para provocar as mais diversas sensações, utilizando o espaço do Caiite 2014 para isso, além de chamarem atenção para o curso de Dança.

Sobre o curso

O curso de Licenciatura em Dança, existe desde 2007 e costuma se utilizar de intervenções e ações externas à Universidade para despertar interesse e valorização de suas atividades. Essas intervenções acontecem desde 2009 através do Universidança, ação da disciplina de Projetos Integradores e já levou os alunos do curso para dançar na praia, no shopping e outros espaços urbanos, propondo um novo modo de ocupação urbana, exercitando uma das mais contemporâneas perspectivas da dança.