Diretora do Museu Darwin de Moscou participa de palestra na Ufal

Coleção dos museus da Rússia e de Alagoas são apresentados em evento que debate o binômio natureza e cultura

13/11/2013 20h05 - Atualizado em 14/08/2014 às 10h29
Anna Klyukina falou para professores, pesqusiadores e alunos da Ufal

Anna Klyukina falou para professores, pesqusiadores e alunos da Ufal

Manuella Soares - jornalista

Alunos e professores da Ufal puderam conhecer um pouco do acervo do Museu Darwin de Moscou, por meio de uma palestra com a diretora Anna Klyukina, na tarde desta terça-feira (12). A professora russa participou do 1º Ciclo de Debates sobre o Binômio Natureza e Cultura, no auditório do antigo Centro de Ciências da Saúde (Csau), que teve como tema Uma cultura anfíbia na transversalidade de saberes: Alagoas e Rússia.

A bióloga apresentou algumas peças da coleção do museu e contou um pouco da história desde a criação e as curiosidades do rico acervo. A ex-diretora do Museu de História Natural da Ufal, Flávia Barros, também resgatou a história do MHN e apresentou algumas técnicas de funcionamento das coleções.

“As coleções são extremamente importantes porque são o testemunho da biodiversidade que existe em determinados locais. A cada local que se faz um inventário, retira-se exemplares, amostras da fauna e da flora e deposita nas coleções científicas. Elas vão guiar tanto os taxonomistas, ou seja, aquelas pessoas que classificam os organismos vivos que vão utilizar esse material para nomear e definir linhas de evolução, quanto servem para os ecólogos que vão saber quais espécies estão em determinados locais e, porquê, estão, ou não estão, nesses locais”, explicou Flávia.

O evento foi uma iniciativa integrada de várias áreas acadêmicas da Ufal, com apoio do Programa de Pós-graduação de História. “O papel da universidade, como uma representação do Estado, é exatamente criar esses espaços, essas transversalidades de saberes. Estamos promovendo uma discussão dialética e trazendo novas e velhas contribuições. A gente faz isso pensando na memória e pensando que Alagoas tem, desde o seu nascedouro, a preocupação de discutir as questões desse âmbito”, comentou a professora do PPGH e do curso de Biblioteconomia, Lourdes Lima.

Na quarta-feira, 13, a mesa Canais e Lagoas e o conceito de cultura anfíbia explorou a relação entre natureza e cultura alagoanas, sob a ótica do pesquisador Octávio Brandão (1896-1980). Os palestrantes convidados foram o historiador Dirceu Lindoso, a arquiteta Isadora Padilha de Holanda Cavalcanti e a filha do alagoano Otávio Brandão, Dionysa Brandão Rocha. Os debates buscaram estabelecer um diálogo entre as ciências naturais, sociais e da informação e foram organizados por uma comissão multidisciplinar. 

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