Manuella Soares - Jornalista

O Conselho Universitário (Consuni) aprovou com maioria dos votos, na última segunda-feira (9), a concessão do título de Doutor Honoris Causa a Pedro Onofre de Araújo. O homenageado é jornalista, escritor, poeta, e dramaturgo com importante contribuição artística ao Estado de Alagoas.

A proposta foi apresentada pelo Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (ICHCA), assinada pelos professores Ronaldo de Andrade e Homero Nunes, que justificaram no documento a trajetória profissional do alagoano que fundou o Centro de Estudos Cinematográficos de Alagoas, dedicou-se ao teatro, ao rádio e à literatura, e destacou-se como diretor de 29 espetáculos, além de atuar na gestão de instituições e órgãos culturais do Estado.

Segundo o professor Ronaldo de Andrade, o amor à arte fez ainda Pedro Onofre tirar dinheiro do próprio bolso para instalar o Centro de Cultura e Belas Artes de Maceió no bairro do Benedito Bentes.

O dia da cerimônia de entrega do título será marcado posteriormente.

Teatro e cinema

Os palcos do teatro receberam o ator Pedro Onofre em quase duas dezenas de peças, entre as quais destacam-se “A história de Noé”; “Cabaré” de Karl Valentin; “A Beata Maria do Egito” de Rachel de Queiroz; e “O idiota” de Fiódor Destoiévski.

Dirigir espetáculos também é uma das paixões do poeta que mostrou o talento em “Terra maldita” (de sua autoria, também encenou aos 70 anos de idade sendo a peça de maior sucesso de público); “O Galo de 3 pernas”; “Os fuzis da senhora Carrar”; “Lampião” e “O Auto da Compadecida”.

No cinema, Pedro Onofre transformou “Terra maldita” em longa-metragem, precedido por “O suicídio” (2007); “Homens e feras” (1995) e “Nas trevas da obsessão”(1970).  O currículo também é recheado com outras seis obras no formato de documentário, além de publicações literárias e artigos em jornais.