Pesquisa relaciona Saúde e Educação no Nordeste Brasileiro


14/09/2010 10h13 - Atualizado em 13/08/2014 às 02h11

 Entre as teses apresentadas na conclusão da primeira turma de Mestrado da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, está a dissertação: Efeitos da educação sobre a saúde do indivíduo: uma análise para a região Nordeste do Brasil.

O recém titulado é Edler Angelino de Sousa, natural de Arapiraca, bacharel em Ciências Econômicas pela Ufal e agora mestre em Economia Aplicada também pela Ufal. “O tema básico de minha dissertação, educação e saúde, surgiu ainda em 2007 quando a revista Veja (Veja Ed. 1994, 7 de Fevereiro de 2007) publicou uma reportagem afirmando que universitários são os que têm vida mais longa” explicou Edler.

Devido ao instrumental que seria necessário utilizar para testar esta hipótese, o tema ficou de lado durante a graduação, mas, com o mestrado, Edler decidiu retornar ao tema e finalmente, em 12 de Agosto de 2010, a tese foi defendida. A dissertação foi a quarta defesa da primeira turma do Mestrado da Feac.

Qual a relação entre educação e saúde?

O pesquisador ressalta que educação vai muito além do que os anos passados nos bancos escolares, mas para efeito da pesquisa, educação e escolaridade foram utilizados como sinônimos. “Uma escolaridade maior é requisito essencial para o desenvolvimento de um país, para garantir o exercício da cidadania e promover a igualdade de oportunidades na sociedade, além de aumentar a probabilidade de os indivíduos auferirem maior renda no futuro. Com esta pesquisa apresentamos um novo enfoque: a importância da escolaridade sobre a saúde do indivíduo e como indutora de políticas públicas de saúde, que visem a diminuição da pobreza, das desigualdades e melhorem o bem estar da sociedade”, explica Edler na dissertação.

O aluno constatou que os indivíduos mais escolarizados possuem um comportamento de vida mais saudável: praticam algum tipo de esporte, possuem menor probabilidade de fumar ou beber, usam com maior frequência o cinto de segurança e se submetem a um check-up médico mais regularmente. “Também podemos destacar que pessoas mais educadas podem melhor juntar, processar e interpretar informações sobre um comportamento mais saudável. Assim, pessoas mais educadas, mas que enfrentam algum problema de saúde, procuram se informar sobre a doença que enfrentam e seguem o tratamento médico à risca Estas mesmas pessoas serão mais capazes de compreender receitas e bulas na busca de obedecer às recomendações médicas”, destaca o Edler na pesquisa.

Planos para o futuro

 

O recém titulado mestre já está fazendo planos para continuar a carreira acadêmica. Com a expansão de vagas nas universidades graças ao REUNI, uma grande quantidade de concursos públicos para professores das IFES estão sendo realizados em todo o Brasil. Estes concursos exigem titulação mínima de mestre ou doutor.

 

“Com a conclusão do mestrado, estou em busca de ocupar uma dessas vagas, particularmente em minha cidade natal, Arapiraca. Mas logicamente estamos em busca de dar mais um passo na carreira acadêmica e prosseguir para um doutorado”, conclui o pesquisador.

 

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