Coragem e otimismo marcam o Fórum Social em Defesa da Vida


13/09/2010 15h21 - Atualizado em 13/08/2014 às 02h11
Representantes das cidades atingidas pelas enchentes, o Pró-reitor de Extensão Eduardo Lyra e a promotora Amélia Campelo

Representantes das cidades atingidas pelas enchentes, o Pró-reitor de Extensão Eduardo Lyra e a promotora Amélia Campelo

Durante o sábado, 11 de setembro, na Tenda da Cultura Estudantil, no Campus Maceió,estiveram reunidos lideranças dos desabrigados das cidades castigadas pelas enchentes  - Santana do Mundaú, Branquinha, União dos Palmares, Rio Largo, Murici, Jacuípe, Quebrangulo e o povoado de Muquém - e representantes de entidades sociais, no 1º Fórum Social em Defesa da Vida/AL.

 

O espaço foi criado com o intuito de compreender a realidade das comunidades que sofreram com as enchentes, através dos relatos das lideranças comunitárias, para fortalecer esses representantes como protagonistas do controle social na reconstrução das cidades e das vidas das pessoas atingidas. “Foi muito importante termos conseguido concretizar tudo o que planejamos. Vivenciamos, durante todo o dia, um momento muito especial. Foi uma oportunidade de crescimento não só no campo acadêmico, mas também na dimensão pessoal de nossas vidas”, relatou Ruth Vasconcelos, uma das organizadoras do Fórum e coordenadora do Programa Ufal em Defesa da Vida.   

 

Ruth elogiou também a interação da equipe de organização, que conseguiu fazer do encontro um momento de alegria, mesmo com o difícil tema que estava em pauta. “Fiquei muito emocionada com a força e a coragem daquelas pessoas que viveram uma situação limítrofe entre a vida e a morte. Acolhê-los no espaço da Universidade realmente foi um acerto. Sinto-me privilegiada por ter conhecido aquelas pessoas; assim como me sinto feliz por ter contribuído para a concretização daquele momento”, disse a professora.

 

O Fórum é uma parceria entre Ufal, Conselho Estadual de Saúde, Conselho Estadual dos Direitos Humanos, Conselho Regional de Medicina, Conselho Regional de Psicologia, Coordenação de Saúde Mental de Alagoas, Laboratório de Educação Popular em Saúde (Leps) / Nusp/Ufal, Médicos sem Fronteiras, Ministério Público de Alagoas, Pastoral da Criança, Serviço Social do Comércio e Sociedade Alagoana de Pediatria. O próximo passo é a elaboração do documento que será encaminhado ao Ministério Público.

 

“Sei que a nossa responsabilidade se amplia a partir da realização do 1º Fórum. Acredito que o nosso compromisso com a "defesa da vida"  não nos dispersará. Vamos continuar vendo os caminhos que precisam ser percorridos e, junto com aquelas comunidades, criar um sentimento de coletividade imprescindível para a concretização de ações políticas eficazes e consequentes”, concluiu Ruth, em relato que foi enviado a todos os participantes.

 

Leia também: Estudos em Direitos Humanos ganham espaço eletrônico