Alunos do Instituto de Computação capacitam prestadores de serviço


24/09/2010 09h02 - Atualizado em 13/08/2014 às 02h14
Monitores e alunos em confraternização no encerramento do curso

Monitores e alunos em confraternização no encerramento do curso

Jhonathan Pino, jornalista

Vinte e cinco funcionários das empresas Victory e Servipa concluíram na quarta-feira,22, o Curso de Informática Básica, no Centro de Pesquisa em Matemática Computacional (CPMat). Em dia de despedidas, alunos do Projeto de Extensão PA e PBL na Alfabetização de Informática conversaram sobre os ganhos dos alunos adquiridos com o acesso ao mundo digital.

Durante dois dias na semana os funcionários esticaram o dia do trabalho e partiram em busca de conhecimento. Valdegleide Brandão, servidora da Victory, disse que apesar de trabalhar de 6h às 16h, ia para as aulas com disposição. Outros alunos também falaram sobre o esforço de sair do trabalho e ir estudar. “Hoje eu percebo que após o fim do curso transpus uma montanha e agradeço a vontade dos alunos em repassar o conhecimento”, disse Gabriel, um dos alunos do curso.

As siglas do projeto, PA e PBL, significam Pesquisa-ação e Aprendizado Baseado em Problemas. Trata-se de uma área de pesquisa referência para o trabalho desenvolvido por cerca de 20 alunos dos cursos de graduação e pós-graduação de Ciências da Computação, que são monitores do projeto em seu segundo ano de atividade.

Com duas aulas semanais e quatro turmas, o projeto é voltado para a capacitação de funcionários das empresas prestadoras de serviço da Ufal, sem conhecimento algum de informática. “No ano passado começaram 40 alunos e apenas 12 terminaram.Esse ano começamos com 37 e 25 concluíram. Apesar dessas desistências, ficamos contentes, porque somos rigorosos com a falta dos alunos: se eles perdem mais de 25% das aulas, são desligados do curso”, revela Jonathan Nunes, bolsista do projeto.

“Outra exigência para o ingresso no curso é ter o ensino médio completo, mas como muito alunos têm dificuldades que vão além da informática, como a matemática e português, a gente também trabalha tentando superar as dificuldades educacionais de cada um”, acrescenta Jonathan.

Todos os outros monitores são voluntários do projeto, que faz parte do Laboratório de Computação Científica e Análise Numérica (LaCCAN) e teve como idealizador o professor Alejandro Frery. Conforme Jonathan, todos os professores que pertencem ao LaCCAN incentivam os seus alunos a integrar ao projeto.